O prefeito Rogério Lorenzetti, candidato a reeleição por uma coligação que reúne 14 partidos, disse ao Diário do Noroeste de ontem que, caso obtenha êxito na sua campanha, quer continuar dando ênfase à recuperação da infraestrutura da cidade, tendo as obras financiadas pelo PAC 2 à frente.
Ele reforçou seu desejo de que Paranavaí atinja a marca dos 100 mil habitantes (apenas 8% das cidades brasileiras têm entre 50 e 100 mil habitantes, por isso são escassos os programas para os municípios deste porte). Citando a valorização imobiliária como um sintoma que a cidade está se desenvolvendo, Rogério anuncia como novidade a gestão plena na saúde, uma modalidade em que o município fica responsável por todos os serviços, da atenção básica à alta complexidade.
O prefeito candidato à reeleição diz que vai continuar tendo o apoio do Governo Federal, já que o PMDB, seu partido, integra a administração da União, e do Governo do Estado, graças ao seu vice, Rubens Felippe, do PSDB, partido do governador Beto Richa.
Rogério enfatizou que é um direito dos partidos buscarem espaços no governo, mas deixou claro que eventuais indicações terão que preencher perfil técnico. Para ele, o eleitor vota em projetos “e os projetos estão dando certo”.
Na entrevista que o candidato do PSTU-PSOL, Ivan Bernardes, concedeu ao Diário do Noroeste, publicado na edição de ontem, ele mantém a mesma posição em relação às oito outras campanhas anteriores que disputou. Em caso de vitória, fala em fazer auditoria nas administrações anteriores, reduzir em 30% os cargos de secretários e 80% nos cargos comissionados.
Diz que vai aumentar impostos dos ricos e especuladores, que quer aproveitar o Hospital Noroeste e transformá-lo num hospital municipal, ofertando mais leitos e atendimento especializado, inclusive oncológico.
Ivan acredita que pode reduzir em 50% os gastos com a infraestrutura acabando com as terceirizações de obras no setor. Ele defende maior manutenção dos prédios e logradouros públicos.
O padre Adão Dias Martins recebe hoje o título de Cidadão Honorário de Paranavaí. A outorga será às 20 horas, na Câmara Municipal, em sessão solene. Padre Adão recebe a honraria pelos relevantes serviços prestados à cidade, em particular na recuperação de jovens viciados em drogas.
Da coluna Sinopse Geral, do jornalista Saul Bogoni – Diário do Notroeste
A SEMANA foi de consolidações de acordos e nomes dos candidatos. Em Paranavaí não foi diferente. Nos meios populares a discussão ainda é sobre vantagens e desvantagens eleitorais dos nomes indicados. As análises consideram qual será o melhor candidato a prefeito: o atual, Rogério Lorenzetti (PMDB), que recebe elogios pela atuação administrativa; o ex-vereador César Alexandre (PT), funcionário da Copel ou o prof. Ivam Ramos Bernardo (PSTU)?
QUANTO aos nomes indicados a vice, qual soma e qual prejudica o candidato a prefeito? O ex-prefeito e ex-vice Rubens Felippe (PSDB); a ex-primeira dama Toshie Yamakawa (PP) ou o advogado Marco Aurélio Dias, este o menos conhecido em termos políticos? Como os candidatos a prefeito vão lidar durante a campanha com os elogios ou com as críticas? As indicações já provocaram algumas defecções e os candidatos mantêm contatos para superar isso. Nesta semana mesmo já houve várias reuniões para tentar amenizar o desgaste provocado.
AS COLIGAÇÕES em Paranavaí ficaram assim: “União para o Desenvolvimento” formada por PMDB, PSDB, PRB, PDT, PSC, PR, PPS, DEM, PSDC, PRTB, PHS, PSB, PV e PSD. “Paranavaí para Todos” formada por PT, PP, PTB, PSL, PTC e PCdoB. “Paranavaí Socialista” tem PSTU e PSol. Dos 30 partidos existentes no Brasil, 22 participam das coligações em Paranavaí. Estão fora PTdoB, PTN, PEN, PPL, PCO, PMN, PRP e PCB.
O Diário do Noroeste traz hoje entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Paranavaí. Assim como os candidatos, as propostas dos mesmos são um repeteco de 2008. Poucas novidades. Esperava-se mais. Vamos ver se no decorrer da campanha os candidatos detalham melhor o que querem fazer para merecer o voto do eleitor.
Vamos voltar ao assunto.
Em Paraíso do Norte e em São Pedro do Paraná, na nossa região, os prefeitos Beto Vizzotto e João Batista Fernandes, respectivamente, vão disputar a reeleição. Mas farão uma campanha bastante tímida. Isto porque, eles não têm adversários. Ambos serão candidatos únicos em seus municípios.
CORREÇÃO – O leitor BL informa: Em São Pedro do Paraná o atual Prefeito não disputará a reeleição, já que está no segundo mandato. O que ocorre na cidade é que haverá apenas um candidato a eleição municipal.
A RPC já está organizando o debate dos candidatos a prefeito de Paranavaí. Será na noite do dia 4 de outubro, última data permitida para este tipo de programa.
Na segunda quinzena de julho, os candidatos vão conceder entrevista no programa Paraná TV – 1ª Edição. E na segunda quinzena de agosto, ao Paraná TV – 2ª Edição.
A RPC ainda deve divulgar entre duas e três pesquisas do Ibope em Paranavaí.
O ex-prefeito José Augusto Felippe (PSD) deve ser escalado nos próximos dias por correligionários do prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB) para convencer o ex-prefeito Deusdete Ferreira de Cerqueira (PPS) a participar ativamente da campanha de reeleição. Deusdete tem dito que sua família já fez opção por Lorenzetti, mas que ele não quer participar da campanha. A missão de José Augusto será demovê-lo da idéia de ficar em casa nos próximos três meses.
O fechamento de bares nas proximidades de escolas, numa ação integrada entre Ministério Público, Política Militar e Prefeitura, ganhou contornos políticos. Os que são contra o fechamento dos bares, além dos proprietários, claro, procuram achar culpado e até tirar proveito político da situação. Como fiscais municipais estão envolvidos, uns acusam o prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB), candidato a reeleição, pelo fechamento dos bares. Outros dizem que os bares estão sendo fechados em razão de uma lei municipal de 2007, quando Maurício Yamakawa era prefeito e César Alexandre, o candidato do PT à Prefeitura, era vereador e, portanto, responsáveis pela “impopular” lei.
O que se estranha, na verdade, é que esta ação deveria ser defendida por todos, afinal cachaça perto de escola não é recomendável.
Uma das surpresas desta campanha é a candidatura à Câmara Municipal de Paranavaí da empresária Elza Makino, ex-presidente do Conselho da Mulher Empresária e atualmente presidente da Sociedade Paranavaiense de Desporto e Cultura (SPDC). Ela está filiada ao PV e, segundo consta, é a candidata do casal Jeanne-Teruo Kato, ele deputado estadual pelo PMDB.
A chapa encabeçada pelo prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB) e que tem como vice o ex-prefeito e ex-vice-prefeito de Maurício Yamakawa, Rubens Felippe (PSDB), declarou à Justiça Eleitoral um teto de gastos de campanha de R$ 900 mil. Além disso, cada vereador da coligação poderá gastar até R$ 50 mil.
A chapa de César Alexandre (PT) e Toshie Yamakawa (PP) registrou gasto máximo de R$ 500 mil nas eleições majoritárias. Ivan Bernardo e Marco Aurélio, da coligação PSTU-PSOL apontaram como teto de gastos na campanha de 2012, R$ 10 mil.
A chapa PMDB-PSDB tem um teto 90 vezes maior que a coligação PSTU-PSOL.
O chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Educação, Pedro Baraldi, um dos principais líderes do PTB em Paranavaí, de Curitiba, por telefone, informou que depois da exposição dos fatos relacionados com o posicionamento do partido em relação à campanha eleitoral no Município, o vice-governador Flávio Arns, secretário de Estado da Educação lhe disse: “Vamos continuar o nosso trabalho”.
Baraldi voltou a falar da relação amistosa do deputado federal Alex Canziani, presidente do PTB do Paraná, com o governador Beto Richa. Lembrou, ainda, que tanto o candidato César Alexandre (PT) como Rogério Lorenzetti (PMDB) tem ligações com o Governo do Estado. Baseado nos últimos encontros com lideranças do partido, o chefe do Núcleo Regional da Seed não acredita que haverá debandada do PTB, como chegou a se cogitar. E ele, pessoalmente, já decidiu: “Não pretendo pedir afastamento do cargo e por ocupar um cargo de confiança também não pretendo tomar partido na campanha”.
Para quem não se recorda, o PTB de Paranavaí optou em apoiar a candidatura de César Alexandre, enquanto os demais partidos da base de apoio do governador Beto Richa optaram em apoiar Rogério Lorenzetti.
Os rumores, que ainda circulam, são de que poderá haver uma debandada dos petebistas em direção a Rogério ou os três cargos ocupados por representantes do PTB em Paranavaí seriam substituídos.