Uma curiosidade que ronda a campanha eleitoral em Paranavaí é como os candidatos César Alexandre (PT) e Rogério Lorenzetti (PMDB) vão se apresentar ao eleitor em relação ao Governo Federal.
Exemplo: quando Lorenzetti falar do PAC, um financiamento de R$ 32 milhões para obras de pavimentação e recape, terá que citar o Governo Federal, do PT de César Alexandre.
Mas o inverso também é verdadeiro: se César falar do PAC para dar robustez a sua campanha, poderá lembrar o eleitor de uma conquista de Lorenzetti.
A partir de hoje, começa oficialmente a campanha eleitoral de 2012. A partir desta data, os candidatos podem iniciar a propaganda eleitoral. Mas hoje também tem início o período de várias proibições. Candidatos, assessores, cabos eleitorais e correligionários devem estar atentos à legislação eleitoral. Só pode fazer o que não é proibido. Óbvio não é? Nem tanto!
De colaborador
O prefeito de Paraíso do Norte, no noroeste do Paraná, Carlos Alberto Vizzotto, conseguiu firmar uma extensa coligação com legendas historicamente adversárias em busca de sua reeleição.
Além de unir PT (ao qual é filiado) e PSDB na mesma chapa, o que já é raro em todo o país, o pré-candidato colocou em sua aliança os outros 21 partidos que possuem diretórios ou comissões provisórias na cidade. Assim, Vizzotto será candidato único para a eleição de outubro, no que ele próprio diz ser a maior coligação do Brasil.
“Sou o atual prefeito, envolvemos todos os grupos políticos na administração da cidade e, agora, para a eleição, houve esse entendimento com todos os partidos e sou candidato único”, disse Vizzotto, que não terá a primeira experiência nesta situação. “Na minha última eleição, também houve esse entendimento e não tive adversário”, afirmou.
O prefeito, no entanto, participou do último bate-chapa da história do município, em 2004, quando foi eleito vice de José Sebastião Marinelo (PMDB). “Naquela eleição, enfrentamos uma oposição. Vencemos e iniciamos esse governo de composição”, explicou.
O segredo, para o prefeito, é abrir espaço para que todos os grupos políticos participem da administração municipal. “Meu vice (Marcelo Tormena) foi eleito pelo PSDB, agora que mudou de partido e está no PSD. Mas com essa composição conseguimos um bom relacionamento com o governo federal, com o governo do Estado e, assim estamos desenvolvendo nossa cidade”, disse. “Quando a candidatura única é fruto de união e entendimento, e não de pressão ou imposição, acredito que é bom para a administração e para a cidade”, concluiu.
Paraíso do Norte tem 9,4 mil eleitores. Em 2008, Vizotto recebeu 64% dos votos.
A ex-primeira dama, ex-chefe do Escritório Regional da Secretaria da Criança e Desenvolvimento Social e atual candidata a vice-prefeita, Toshie Yamakawa (PP), manifestou hoje de manhã a sua indignação com relação ao PA. A manifestação foi feita através do seu microblog twitter: “No PA de Paranavaí lotado, tive que pagar consulta para minha Nena, um horror…Ia enfartar, pressão 20/12 e sei lá quanto tempo ia esperar…”. E continuou: “A Nena precisa de exames urgentes. Sabe quando tempo tem que esperar? Só seis meses, quem sabe ainda estará viva?
Ailson do Carmo (PSOL) não será mais candidato a prefeito de Paranavaí. Ele vai disputar uma cadeira na Câmara Municipal. Ele será substituído por Ivan Bernardes (PSTU). O vice continua o mesmo: Marco Aurélio (PSTU). A coligação PSOL-PSTU deve apresentar uma chapa com 13 candidatos a vereador.
O neo-tuiteiro César Alexandre (PT) postou duas notas, ontem à noite, em seu microblog e não foi muito feliz. Num dizia que a Feira da Lua de Paranavaí merecia maior apoio. E “deu” o link com os locais das feiras livres e da Feira da Lua de hoje (sic). O link mostrava uma notícia de Londrina.
Depois comentou o anúncio do ministro Guido Mantega, de que a economia nacional em 2013-1014 deve crescer 5%. “Paranavaí pode aproveitar melhor esse momento”, escreveu César, sem se dar conta que recentemente a Secretaria de Fazenda do Estado apontou o crescimento econômico de Paranavaí em quase 20%.
As notícias foram divulgadas quase que simultaneamente. Enquanto o presidente do PT-PR, deputado Ênio Verri, candidato a prefeito de Maringá, informava que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vier ao Paraná fazer campanha, deve visitar apenas Londrina, Cascavel e Ponta Grossa, além da Cidade Canção, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Ademar Traiano, informava que a participação do governador Beto Richa na campanha eleitoral será restrita.
Para justificar a eventual ausência de Lula ao Paraná, Verri lembrou dos problemas de saúde do ex-presidente e de sua prioridade em eleger Fernando Haddad prefeito de São Paulo.
Já Traiano disse que Beto Richa não vai se licenciar do Governo, assim sua participação em atividades políticas deve se limitar aos finais de semana.
Desta forma, César Alexandre (PT) e Rogério Lorenzetti (PMDB) poderão esperar muito pouco de seus apoiadores de peso.
Gestores do setor de saúde estão preocupados com a possibilidade de que as discussões envolvendo o Hospital Noroeste, Santa Casa, Prefeitura, Governo do Estado e até Ministério Público sejam politizadas. “Isto é assunto técnico e não pode servir de pretexto para fazer política”, diz um gestor, irritado com alguns comentários feitos em emissoras de rádio. “Comentaram uma coisa que não sabiam do que estavam falando. Lamentável”, acrescenta este gestor.
Segundo os envolvidos nas articulações, para resolver o imbróglio do Hospital Noroeste, o prédio poderá ser concluído e equipado. “Não é muito dinheiro quando se fala em Governo do Estado ou Governo Federal”, sustenta a fonte.
O Hospital Noroeste deverá ser encampado pela Santa Casa, ampliando o número de leitos na cidade. Existe a possibilidade de Paranavaí até ganhar novas especialidades com a nova unidade hospitalar, que pode dar suporte, inclusive, para uma clínica oncológica. “Mas tudo isso está sendo meticulosamente estudado e não pode ser atrapalhado por discussões políticas sem critérios técnicos”, insiste o gestor.
Tentando mostrar que PT e PSDB não são “inimigos”, correligionários da chapa César Alexandre-Toshie Yamakawa, entre eles o ex-prefeito Maurício Yamakawa, estão divulgando, através da internet, o acordo fechado em União da Vitória, em que Pedro Ivo (PT) é candidato a prefeito, tendo como vice Jair Brugnago (PSDB). Para reforçar a “amizade” entre os dois partidos, fazem questão de lembrar que o acordo teve a chancela do presidente em exercício do PSDB, Valdir Rossoni.
Sentindo-se extremamente seguro de que sozinho faria os votos necessários para garantir a sua recondução à Câmara Municipal de Paranavaí, o que significa fazer 5 mil votos, o vereador Roberto Picorelli (PSL), o Pó Royal, não se preocupou em buscar coligações, nem em preparar uma chapa do partido para garantir legenda. Mas nos últimos dias estava desesperado em formar uma chapa.
Advertido que dificilmente conseguiria fazer os votos necessários e sem encontrar partidos para fazer uma coligação, Pó Royal começou a correr atrás de filiados e tentar convencê-los a sair candidato.
Mas outros postulantes à Câmara, assim que tomavam conhecimento do “novo candidato do PSL”, corriam atrás dele e o faziam desistir, sob o forte argumento que só trabalharia pela reeleição de Pó Royal.
Só amanhã será possível saber como ficará a chapa de candidatos a vereador do PSL, isto se ninguém desistir no meio da caminhada.
O vereador Celso Avelar (PDT), que havia anunciado que não concorreria à reeleição, parece ter mudado de idéia. Agora à tarde, Celso teria autorizado a manutenção do seu nome na lista de candidatos do PDT. Pelo menos eram os rumores na cidade.
Do Colaborador Poucas Falas
Moro e gosto de Paranavaí. Foi a partir do lançamento do Blog do Taturana que decidi criar o codinome “poucas falas” e começar a participar deste interessante processo interativo. Creio que o “Taturana” já está oferecendo uma importante contribuição à comunidade. No entanto, não pude deixar de observar que o blog tem postado comentários de alguns colaboradores que deixam muito nítida sua paixão partidária e isso não é legal. Penso que é preciso arrochar o filtro, de modo especial neste período.