César Alexandre, candidato do PT à Prefeitura de Paranavaí, registrou um programa de governo na Justiça Eleitoral em que não se compromete. São propostas genéricas, abstratas. Pontualmente, diz apenas na recuperação do Bosque Municipal e o fortalecimento do Consórcio Intermunicipal de Saúde.
Nem mesmo o Hospital Municipal, uma bandeira que César sempre desfraldou, é citado na proposta de governo, que, no entanto, adverte, será detalhado ao longo da campanha.
No documento registrado no TSE, César aproveita para atacar o prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB): “no atual governo, as camadas populares não tem voz, nem vez” e cita a conquista do Instituto Federal como um exemplo de que “unidos somos mais fortes”.
A expectativa fica, portanto, para o detalhamento das propostas durante a campanha.

O candidato a prefeito de Paranavaí pelo PSTU, Ivan Bernardo, registrou na Justiça Eleitoral o mais longo programa de governo em relação aos seus concorrentes. Ao estilo “Contra Burguês vote 16”, elenca uma série de medidas, muitas delas inexequíveis e não de competência do Governo Municipal.
Numa das propostas, Bernardo deixa o eleitor perceber que suas propostas foram inspiradas e até copiadas do programa do PSTU para Curitiba.
Além disso, divaga sobre as mazelas nacionais, esquecendo-se que a campanha é municipal.

O programa de governo registrado pelo prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB), candidato a uma nova gestão à frente do Palácio Ivaí, na Justiça Eleitoral, propõe a continuidade da sua atual administraçãpo. Não apresenta grandes novidades em relação ao que vem realizando. Mas assume compromissos pontuais, fáceis de ser cobrado pelo eleitor.
A maioria das propostas é a sequência do que vem realizando e as poucas novidades são:
– Criação do Departamento de Política para as Mulheres;
– Transformação da Fespar em Secretaria de Esportes;
– Desmembramento da atual Secretaria de Gestão Pública em Secretaria da Fazenda e Secretaria de Administração;
– Adoção da gestão plena na saúde;
– Criação do Programa Saúde do Adolescente;
– Criação da Secretaria de Proteção ao Patrimônio e de Trânsito, abrigando a Guarda Municipal e a Diretoria de Trânsito; e a
– Criação do Gabinete de Segurança Institucional Municipal (GSI-M).

Na página 4 do programa de governo que o candidato do PSTU Ivan Bernardo registrou na Justiça Eleitoral como propostas para Paranavaí, no item intitulado “construir uma cidade para os trabalhadores não para os ricos” aparece o seguinte compromisso: criar um conselho com os movimentos populares para definir a implantação de uma ampla reforma urbana em Curitiba”. Curitiba???
Teria sido um Ctrl C + Ctrl  V?
Outra pérola, no mesmo capítulo: “Fim da criminalização dos movimentos sociais”. Sem comentários!

Em seu programa de governo registrado na Justiça Eleitoral, o candidato a prefeito de Paranavaí Ivan Bernardo, do PSTU, defende a “abertura da Tribuna da Câmara para as manifestações populares”. De uma ou de outra: Ou Ivan se esqueceu da independência dos poderes ou esqueceu que agora é candidato a prefeito e não a vereador.

Frases
“Paranavaí hoje é um Boeing! A aeronave não pode parar! Estamos a 900km/hora, em voo de cruzeiro. Não é momento de trocar os tripulantes”. Prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB), candidato à reeleição, em reunião com correligionários.

“Há muitos anos, o PT tem conduzido a bandeira da inversão das prioridades. (…) E em Paranavaí, mais que em qualquer outro local, essa questão é fundamental. Precisamos urgentemente voltar nossos olhos para a população da abandonada periferia. Faremos um governo que, sem discriminar ninguém, terá sempre em foco que quem mais precisa da ação efetiva do poder púbico é a população mais sofrida da periferia”, César Alexandre, em seu programa de governo registrado na Justiça Eleitoral.

A leitora E. nos encaminha a seguinte mensagem: Gostaria muito de saber se agora sai o asfalto no Jardim das Américas, pois estão asfaltando a avenida principal que dá acesso ao jardim!

Da Coluna Sinopse Geral, do jornalista Saul Bogoni – Diário do Noroeste

PROPORCIONALMENTE a campanha eleitoral para prefeito em Paranavaí será uma das mais baratas do Estado, considerando-se municípios acima de 50 mil eleitores. A previsão de gastos dos três candidatos a prefeito é de R$ 1.410.000. Como Paranavaí tem 61.281 eleitores cadastrados, isto significa que cada voto deverá custar R$ 23,00 apenas.

O CUSTO estimado de cada voto em Paranavaí é inferior a municípios do mesmo porte. Em Paranaguá, por exemplo, o custo é estimado em R$ 129,00. Há municípios maiores onde os candidatos projetam gastar menos que isto. Em São José dos Pinhais o custo de cada voto é previsto em R$ 62,00; Curitiba R$ 60,00; Cascavel R$ 54,00; Maringá 53,00; Colombo R$ 52,00; Londrina R$ 43,00; Foz do Iguaçu e Guarapuava R$ 34,00; Ponta Grossa R$ 29,00.

Do Blog do Praxedes – blogdopraxedes.com.br
Informação extraoficial dá conta que os primeiros depoimentos sobre a ação civil pública ajuizada pela Promotoria Pública por possíveis atos de improbidade administrativa contra o prefeito Rogério Lorenzetti, o então secretário municipal de Saúde, José Paranhos de Mesquita e outros quinze servidores – na maioria enfermeiros e médicos – pela prática de irregularidades na unidade do Pronto Atendimento Municipal de Paranavaí, como o pagamento de horas extras “frias”, a contratação ilegal de pessoas e desvio de recursos, estão marcados para o dia 2 de agosto.

Aos poucos, voluntariamente ou não, os candidatos a prefeito de Paranavaí vão revelando suas estratégias iniciais de campanha. Ivan Bernardo, do PSTU, procura sensibilizar e mobilizar os movimentos sociais e populares em prol de sua candidatura.
Rogério Lorenzetti (PMDB) opta por reuniões discretas, contato direto com lideranças. Busca os formadores de opinião.
César Alexandre (PT) põe o pé na estrada, promove e participa de reuniões, provavelmente para compensar o fato de ter menor tempo de rádio e TV.
Mas o que chamou atenção neste final de semana foi a iniciativa da assessoria jurídica da coligação Paranavaí para Todos (César-Toshie). Ao pedir, entre outras coisas, que a Justiça Eleitoral determine a retirada dos adesivos dos vidros traseiros dos veículos da Prefeitura, César dá sinais claros de que não quer que Rogério Lorenzetti capitalize os R$ 32 milhões do PAC, que é o que está adesivado nos carros (a Justiça ainda não tomou decisão). Em tese, ele poderia usar isso em favor de sua campanha. Mas, pelo jeito, quer abafar o assunto.
Outro detalhe: os candidatos não querem entrar em bola dividida. Nos últimos dias, um dos assuntos predominantes na cidade foi a lei seca (regulamentação de funcionamento de estabelecimentos que comercializam bebida alcoólica próximo as escolas). Ninguém se manifestou, nem mesmo uma mísera linha pelas redes sociais. Não é por acaso. A polêmica acontece sob a gestão de Rogério Lorenzetti, mas a lei é da gestão de Maurício Yamakawa e foi aprovada com o voto do então vereador César Alexandre.

Numa eleição em que, em alguns momentos, os candidatos a vice-prefeito ganharam mais destaque que os cabeças de chapa, esta informação é interessante. Segundo um líder político bem informado, Toshie Yamakawa (PP) e Rubens Felippe (PSDB), como candidatos a vices, deram maior robustez as candidaturas de César Alexandre (PT) e Rogério Lorenzetti (PMDB).
Coordenadores de campanha temiam que a escolha do vice poderia influenciar negativamente entre os eleitores, mas isso não aconteceu.
Outra informação da mesma bem informada fonte: o candidato do PSTU, Ivan Bernardo, está tendo um crescimento acima do que conseguiu nas eleições anteriores.

Em Paranavaí, ninguém pediu a impugnação de candidaturas à Prefeitura ou à Câmara Municipal. Contudo, há pedido de verificação de inelegibilidade de seis candidatos a vereador. Um deles, figura na lista de inelegíveis do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os candidatos devem apresentar defesa até meados da semana. A partir daí, o MP se manifesta e os casos serão julgados.