Candidato ao Senado, ex-juiz diz que “não se intimidará” depois de operação
O ex-juiz Sergio Moro, candidato ao Senado pelo União Brasil entrou em rota de colisão com o PT, no último final de semana, depois de ter sido alvo, no sábado, alvo de busca e apreensão por determinação da juíza Melissa de Azevedo Olivas, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Moro teve seu material de campanha apreendido de seu apartamento após suspeitas de irregularidades. Além dele, também foi alvo da operação o deputado federal e candidato do PL ao Senado, Paulo Martins.No twitter, Moro classificou a operação como abusiva. “O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido”, disse. “Nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os governos do PT e do Lula. Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”, afirmou o candidato. O advogado de Moro, Gustavo Guedes, disse que os nomes dos suplentes estão de acordo com a lei eleitoral e que irá recorrer da decisão.
Neste domingo (4), o ex-juiz voltou a criticar o PT em sua conta do Twitter. “O responsável por um esquema de corrupção de bilhões de reais na Petrobras pode ser candidato sem ser incomodado. Agora muito cuidado com os perigosos santinhos e o tamanho da letra dos nomes dos suplentes do seu adversário. O PT não me intimidará, nunca conseguiu”, escreveu.
A juíza atendeu a um pedido da Federação Brasil da Esperança no Paraná, que acusa o ex-juiz de tentar “esconder” os suplentes no material de campanha. A Federação é integrada pelo PT, PCdoB e PV.
Redes sociais — Segundo o TRE, além de diversos materiais impressos que violam a legislação eleitoral, as redes sociais dos candidatos têm publicado propaganda irregular, ante a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes.
Para a relatora, algumas publicações “sequer mencionam o nome dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral.” Ainda, pela decisão, foram removidos mais de 300 links das redes sociais dos candidatos, por violação à Lei Eleitoral.
Dentre os materiais excluídos, estão todos os vídeos do canal de Moro do YouTube, inclusive aqueles com críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de dezenas de links nas páginas sociais de sua campanha. Ainda, um dos locais objeto de busca e apreensão é o apartamento residencial do ex-juiz indicado pela campanha como sede de seu comitê central.
Neste domingo, em nota, o PT afirmou que “os candidatos ao Senado no Paraná, Sérgio Moro e Paulo Martins, não estão acima das regras eleitorais, assim como qualquer outra candidatura. A medida de busca e apreensão contra o ex-juiz Sérgio Moro apenas foi realizada em sua residência, porque o próprio candidato informou o endereço como sede de seu comitê central de campanha”.
Bem Paraná