Produtores buscam irrigação para fugir da escassez e irregularidades das chuvas

Publicado em 15 de agosto de 2022

De 2019 a 2022, as chuvas têm caído menos e de forma irregular no Paraná. Neste período, alguns municípios passaram até por racionamentos. No campo, a estiagem gerou perdas de safras, especialmente nas regiões de solo arenoso, com pouca capacidade de retenção da água.Segundo a Federação da Agricultura do Estado do Paraná, a FAEP, na safra 2021/22, o principal fenômeno foi a chuva mal distribuída. Em outubro, os índices pluviométricos ultrapassaram os 400 milímetros em alguns pontos, enquanto que em dezembro algumas localidades passaram praticamente sem água. São os efeitos do La Niña.

Para conter os danos da estiagem, produtores rurais têm optado pela irrigação, uma tecnologia até então pouco explorada no Paraná.

As experiências exitosas em outros estados, como a região de Paranapanema, interior de São Paulo, que, com a irrigação, colhe cinco safras de grãos a cada dois anos, estimularam os produtores do Paraná a se interessar pela tecnologia.

Por isso, o Governo atendeu reivindicação de lideranças do agronegócio da região de Paranavaí e criou, em setembro de 2019, o Programa Estadual de Irrigação. Coordenado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB) e com a participação de outras secretarias e órgãos públicos estaduais, o programa tem por objetivo aumentar a produtividade agrícola e potencializar a produção do Paraná, e, ainda, prevê ações como a redução dos impostos sob equipamentos de irrigação, linhas de crédito subsidiadas, agilidade para a concessão de licenças e outorgas para o uso da água, entre outras medidas.

Com o apoio do Estado e o foco da iniciativa privada e dos produtores rurais, a irrigação começou a deslanchar no Paraná, como mostra a Total Hidro, há sete anos na área de irrigação e líder de mercado no Paraná.

Para se ter uma ideia, entre 2019 e 2021, o número de pivôs central instalados pela empresa cresceu 800%, passando de uma área, no ano 2019, de 250 hectares ao ano para, no ano de 2021, 2.200 hectares ao ano. Este ano, até julho, os equipamentos já instalados estão irrigando uma área de mais de 1.450 hectares. Os números de crescimento são ainda maiores quando consideradas outras formas de irrigação, como gotejamento (citricultura), aspersão (pastagem) e carretel (água residuária).

“Estamos crescendo muito no Noroeste e no Norte Velho do Paraná”, diz o sócio da empresa, Leandro Friedrichsen. Segundo ele, as principais culturas que estão sendo irrigadas são citricultura, soja, milho, feijão, pastagem e a olericultura.

Friedrichsen conta que o crescimento maior acontece no Arenito Caiuá, que vai da região de Paranavaí a Guaíra, passando por Umuarama e Cianorte. “Este mês estamos inaugurando filial, em Umuarama. A inauguração ocorre em um período especial para a empresa, pois é o mês do nosso aniversário e quando, tradicionalmente, realizamos o Balcão de Negócios, uma iniciativa que fomenta a irrigação através de preços e prazos especiais”, diz ele, acrescentando que as promoções serão válidas para a matriz em Paranavaí e filial em Umuarama. “Normalmente o ‘Balcão de Negócios’ funciona durante uma semana no mês de agosto. Contudo, este ano estamos inovando e as promoções serão válidas para todo o mês”, finaliza.

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