Apenas cinco doadores da campanha Imuniza Paranavaí requereram a devolução do dinheiro depois do anúncio de que, diante das dificuldades cada vez maiores de comprar a vacina, razão da campanha, os recursos seriam destinados para a compra de medicamentos e vacinas, que serão utilizados pelos pacientes internados na Santa Casa e no hospital de campanha mantido pela Prefeitura Municipal. No total foram restituídos R$ 4.800, ou seja, algo em torno de 1,5% dos R$ 320 mil arrecadados.A decisão de mudar a destinação dos recursos, “mas para a mesma causa”, conforme assinalou Rafael Cargnin Filho, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí, entidade que liderou a campanha, aconteceu depois de duas reuniões na diretoria da ACIAP.
Diante da constatação de que os recursos da campanha não fariam falta a uma eventual compra de vacinas para o município, a diretoria da ACIAP definiu redirecionar os recursos. Antes, porém, abriu prazo para quem não concordasse com o decidido pedir o dinheiro de volta. O prazo correu entre a última sexta-feira (dia 28) e quarta feira desta semana (dia 3). Neste período apenas cinco pessoas fizeram o pedido de restituição.
Agora, definitivamente autorizada, a ACIAP começa a fazer aquisições, com base nas informações da Santa Casa e da Secretaria Municipal de Saúde. Nenhuma das entidades querem dinheiro, mas insumos e medicamentos.
Como a Santa Casa tem 20 leitos de UTI destinado exclusivamente para a Covid, que tem um custo pelo menos oito vezes maior que os de enfermaria, o hospital ficará com 60% do que for adquirido com o dinheiro do Imuniza Paranavaí. O município está bancando 35 leitos de enfermaria. A Santa Casa ainda rem dez leitos de enfermaria.
O baixo índice de devolução já havia sido previsto por Cargnin. Na avaliação dele, os doadores entenderiam que a causa era a mesma e que o cenário mudou: ou seja, a aquisição dos imunizantes se tornou mais difícil, houve avanço da vacinação e as unidades que atendem pacientes da Covid estão com necessidades. “Não tenho dúvidas de que, diante deste novo cenário, a população vai entender a nova destinação dos recursos”.
