ELEIÇÕES 2014

Publicado em 03 de junho de 2014

CANDIDATOS BUSCAM SELO “MADE IN PARANAVAÍ”

Manchete do Jornal Panorama, em circulação

As campanhas de conscientização realizadas por lideranças comunitárias e entidades representativas nas últimas décadas, a respeito da necessidade de votar e eleger candidatos locais, ganharam expressão ao longo dos anos, e este “fator”, será determinante nas eleições 2014, pois se estima que o favorito receba uma votação expressiva de Paranavaí, que somada aos votos de outras bases de apoio da Região viabilizará sua vitória nas urnas.
Atentos a esta realidade, uma das maiores preocupações dos pré-candidatos, com domicílio eleitoral em Paranavaí, que ainda se mantêm firmes na disputa, é comprovar sua estreita ligação com o Município, com a expectativa de consolidar sua condição de “Made in Paranavaí” junto ao eleitorado.
São eles: Claudemir (Irmão) Barini (PSC), José Augusto Felippe (PSD), José Edegar Pereira (PDT), Roberto (Pó Royal) Picorelli (PSL) e Sebastião (Tião) Medeiros (PTB).
De outros lados, em ritmo equivalente, também se intensifica nos bastidores de diversas entidades representativas, como a Associação Comercial, Sindicato Rural Patronal e Maçonaria, (que já ostentam certa tradição em “levantar a bandeira” pelas candidaturas locais), o processo para a escolha de um candidato à Assembleia Legislativa e outro à Câmara Federal. Do que conseguimos apurar, os quesitos de maior peso utilizados nestas avaliações são o “selo de legitimidade” de “candidato da terra” e melhores possibilidades de se eleger.
Conseguir elevar o eleitor a este nível de conscientização é, sem a menor dúvida, um feito de grande importância, pois é o “fator” capaz e suficiente para tirar o Município da condição de “curral eleitoral” e avançar rumo a um novo tempo, escrever uma nova história política, e, com a devida representatividade, alcançar o desenvolvimento almejado e consolidar a condição de pólo regional.
Entretanto, esta conquista remete a uma grande responsabilidade social. Para continuar merecendo o respeito da comunidade, detentora do poder, através do voto, líderes e entidades têm o dever, cívico, de ser coerentes. É preciso cautela, e bom senso, para discernir o que realmente o melhor para o bem comum. É certo, e é preciso ter clara a possibilidade de vitória, mas sem perder de vista a qualidade do candidato. É preciso ter claro também, que é muito cedo para qualquer tipo de manifestação, afinal, alguns dos postulantes nem mesmo se apresentaram oficialmente como candidatos. Olhando por este prisma, todos os candidatos têm direito ao mesmo tratamento da parte dos líderes comunitários. Para que este direito seja materializado é necessário que tenham tempo e oportunidade de apresentarem à comunidade sua proposta de trabalho, seu plano de ação parlamentar.
No caso das entidades, nada seria mais justo que uma consulta aos milhares de líderes que as constituem, afinal, cada um destes associados/afiliados, tem sua preferência e seu ponto de vista, e buscar o consenso ou a opinião da maioria, é uma questão de ordem, que, no tempo devido, seria a base de sustentabilidade e de legitimidade da proposta de apoio aos candidatos, e até mesmo de sua eficiência política.
Considerando este quadro, até mesmo as pesquisas, por mais bem intencionadas que sejam, podem induzir a erro.
Bons institutos de pesquisas têm conseguido indicar, com razoável chance de acerto, os mais prováveis candidatos eleitos. Mas isto faltando 15 dias para as eleições e com pesquisas estaduais. Portanto qualquer apoio, neste momento, ao candidato X ou Y sob a alegação de que ele é “prata da casa” ou que tem mais chances de vitórias, por enquanto, não passa de suposição, de conjectura.
Além disso, são eleições proporcionais, o que significa que não serão necessariamente os mais votados que garantirão uma cadeira no Legislativo Estadual ou Federal. O que vale é o desempenho do partido e do candidato dentro do partido. É preciso ficar de olho no quociente eleitoral, no quociente partidário e ainda no cálculo da média, chamado popularmente de distribuição da sobra de vagas (veja matéria nesta página).
Assim, por terem força de aglutinação, mas, ressalvadas exceções, por não conhecerem em profundidade os meandros da política, a forma de eleição proporcional, é importante que lideranças & entidades sejam cautelosas em sua ingerência no pleito eleitoral, para que não seja prejudicial ou inoportuna. É preciso levar em conta que o silêncio dos candidatos diante de certos comentários, que vazam dos bastidores das agremiações, não significa concordância, mas sim cuidado para não “bater de frente”, até mesmo pela expectativa de conseguir seu apoio.
É fácil perceber que, “bairristas” ou “oportunistas”, os candidatos, de imediato, terão dificuldades de impor um discurso consistente e inquestionável de quem têm maiores chances de se eleger, ou que deva ser eleito porque é de Paranavaí.
Por fim, neste quadro,  os         pré-candidatos de Paranavaí a deputado estadual pouco se diferenciam um do outro. Barini, Zé Augusto, José Edegar, Roberto Picorelli e Tião Medeiros merecem o “selo de legitimidade Made in Paranavaí”, ainda que, por alguma razão, tenham deixado o Município por algum tempo, casos do pedetista e o petebista.
O vereador Claudemir Barini (Irmão) trabalhou no comércio da Cidade dos 13 aos 26 anos de idade. A partir de 1997 passou a administrar áreas rurais, da Região e até de outros estados. Sua família sempre se dedicou a atividades rurais. Desde os 17 anos foi locutor de festas de igreja. Mantém seu vínculo com a Cidade através de um programa semanal na rádio Paranavaí e faz parte da diretoria da Sociedade Rural.
José Augusto Felippe é filho de Paranavaí, aonde sua família chegou em 1955. Estudou em Paranavaí e formou-se engenheiro civil pela Universidade Federal do Paraná, profissão que passou a desenvolver em 1980, com assinatura em obras como o Estádio Municipal e o Terminal Rodoviário. Na vida pública,     passagem    como               diretor-presidente do Serpavi e prefeito de Paranavaí entre 1993 e1996.
José Edegar Pereira    formou-se em Agronomia. Deixou a Cidade desempenhar atividades profissionais, período em que chegou a ser prefeito de Querência do Norte, de1989 a 1992. De volta à Paranavaí ocupou o cargo Ouvidor, secretário de Esportes, de Saúde, Ação Social, diretor da Câmara Municipal, por duas vezes e chefe do Núcleo da Seab.
Roberto Picorelli foi o vereador mais votado da Cidade nas duas últimas eleições municipais. É funcionário da Santa Casa de Paranavaí e foi membro do Conselho Municipal de Saúde. No campo político, nunca apoiou candidatos locais. Em seu currículo consta apoio a Luiz Accorsi (Curitiba) e Bernardo Ribas Carli (Guarapuava) para deputado estadual e Alfredo Kaeffer (Cascavel), Hermes (Frangão) Parcianello (Cascavel) e André Zacharow (Curitiba) para federal. É formado em Pedagogia pela Fafipa.
Sebastião Medeiros, que também deixou a Cidade para estudar, formou-se em Direito em Curitiba. Em 2006 foi nomeado coordenador da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia. Na sequência foi para a Casa Civil, como chefe de gabinete do deputado Durval Amaral e nos últimos dois anos, chefe de gabinete da superintendência do Porto de Paranaguá. Tião Medeiros sempre manteve seu vínculo com Paranavaí, onde moram seus pais e aonde seus avós chegaram na década de 40 nos primórdios da Cidade.
Melhor sorte tem o deputado estadual Teruo Kato (PMDB), único pré-candidato a deputado federal com domicílio eleitoral na Cidade.

O que é quociente eleitoral, partidário e cálculo da média?
O quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais, quais sejam: eleições para deputado federal, deputado estadual e vereador.
“Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior” (Código Eleitoral, art. 106). Ou seja, caso a parte fracionária do resultado da divisão seja menor ou igual a 0.5, ela é desprezada. Caso contrário, é arredondada para cima.
“Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias” (Lei n. 9.504/97, art. 5º). Ou seja, votos em brancos e nulos são desprezados. (anteriormente à Lei n. 9.504/97, além dos votos nominais e dos votos de legenda, os votos em branco também eram computados no cálculo dos votos válidos).
O quociente partidário define o número inicial de vagas que caberá a cada partido ou coligação que tenham alcançado o quociente eleitoral.
“Determina-se para cada partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração” (Código Eleitoral, art. 107).
“Estarão eleitos tantos candidatos registrados por um partido ou coligação quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido” (Código Eleitoral, art. 108).
O cálculo da média é o método pelo qual ocorre a distribuição das vagas que não foram preenchidas pela aferição do quociente partidário dos partidos ou coligações. A verificação das médias é também denominada, vulgarmente, de distribuição das sobras de vagas.
“Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários serão distribuídos mediante observância das seguintes regras (Código Eleitoral, art. 109):
I – dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de lugares por ele obtido, mais um, cabendo ao partido que apresentar a maior média um dos lugares a preencher;
II – repetir-se-á a operação para a distribuição de cada um dos lugares.
§ 1º O preenchimento dos lugares com que cada partido for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida pelos seus candidatos.
§ 2º Só poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos e coligações que tiverem obtido quociente eleitoral”.

Alda - 391x69

5 comentários sobre “ELEIÇÕES 2014

  1. Esses são os pré-candidatos dos patrões e dos governos de plantão. O pré-candidato a deputado estadual da classe trabalhadora é o Professor Ivan Bernardo.

  2. esse ivam não serve pra nada, só para fazer protesto, ele reclama de tudo, só pensa em greve, que morar tem para se deputado, essa silvana deve ser da mesma farinha, tudo do mesmo saco.

  3. Caro “eleitor atento” se você vê um candidato tão empenhado em protestos e greves em busca de melhorias para sociedade, seria o caso de vc pensar duas vezes para julgar essas expressões como negativas. Pelo contrário, tais candidatos desejam mudança e são esses que podem fazer uma política diferente da qual estamos acostumados a ver.

  4. Até quem não mora em Paranavaí e nunca fez nada pelo município está em busca do selo.
    Vai ser difícil comprovar a estreita relação com o município. Não concordo que os candidatos pouco se diferenciam um do outro. Isso não é verdade. Basta ler o currículo. Todos trabalharam de alguma forma em Paranavaí ou por Paranavaí, exceto Tião Medeiros. Só vi que ele tem certidão de nascimento de Paranavaí.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.