Quem fala o que quer, ouve o que não quer

Publicado em 21 de outubro de 2013

O advogado José Roberto Balestra, colaborador do Blog do Joaquim de Paula, no espaço “Trocando em miúdos”, onde ele analisa notícias numa linguagem popular, literalmente trocando em miúdos, comentou o discurso da promotora Suzy Mara de Oliveira na Conferência Municipal de Saúde, sexta-feira à noite, e suas repercussões. Veja o texto  do advogado com o título “Quem falar o que quer, ouve o que não quer”, publicado no Blog do JP.
TROCANDO EM MIÚDOS: – que não se iludam os desavisados: a todo instante se é avaliado pelos atos ou omissões; disso resulta o conceito positivo ou não que a opinião pública forma deles. É a regra maior do convívio social nos regimes democráticos. Contrariar esse preceito é conservar pé em tristes autoritarismos.
Em se tratando de interesses coletivos da sociedade, sua crítica objetiva e direta requer obediência a algumas condições: a observação prévia, histórica, do fato analisado, a ponderação responsável sobre os fins pretendidos; que a exposição do parecer se dê em espaço e ocasião próprios, e, por fim, que o seja por pessoa habilitada.
Pois bem. Ouvi e reouvi o áudio do pronunciamento da Promotora de Justiça, Dra. Suzy Mara de Oliveira, e confesso com certa angústia: a insurgência dos do corpo do Conselho Municipal de Saúde às suas críticas objetivas e diretas aos resultados das ações do grupo, foi deveras infeliz por irrefletida, verdadeiro fruto verde colhido no pé da emoção da hora.
Enquanto a moção de repúdio ou ações outras pretendidas pelos membros do Conselho visam por um lado medir forças com a representante do Ministério Público Estadual, por outro, sequer aproveitaram eles a rica oportunidade de contra-argumentar tais críticas, seja por exposições técnicas ou demonstrações contrárias.
Logo, a emenda ficou pior que o soneto: irritado o Conselho acabou dando “aval” às palavras da Promotora, não somente por expor ranços de um autoritarismo retaliador por parte de alguns de seus membros, mas também por deixar evidente que o evento fora bem preparado politicamente, mas não tecnicamente, por especialistas em saúde pública, como haveria de ser.
A aceitação de críticas requer capacidade de discernimento, humildade e ousadia para mudanças. Do contrário, em grande parte a saúde pública local seguirá velha e com deficiências, como bem o percebera a perspicaz Promotora Pública da Saúde, Dra. Suzy Mara de Oliveira.

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5 comentários sobre “Quem fala o que quer, ouve o que não quer

  1. SABIAS PALAVRAS….. PORÉM O CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE NÃO VÊ O QUE ESTÁ ACONTECENDO…. ELES SÓ PENSAM EM BRIGAS…. ATACAR A SAÚDE DE PARANAVAÍ… NUNCA VI IGUAL… ISSO NÃO É SER CONSELHO …….. ESPERO QUE VENHA NOVOS CONSELHEIROS….. MENOS BARRAQUEIROS….COM CULTURA….

  2. o problema nem é tanto o conselho, o maior problema é o secretario de saude.o prefeito não vê, não escuta, não lê, ou não quer saber….

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