O prefeito Rogério Lorenzetti viajou hoje para Brasília. Além de audiências em alguns ministérios e na Caixa Econômica Federal, o prefeito deve visitar gabinetes de deputados com vínculo com Paranavaí, pedindo que apresentem emendas ao Orçamento da União para 2014.
Com a aprovação da lei que determinou a emenda impositiva (o governo é obrigado a pagar) ficará mais fácil a liberação destes recursos. O esforço é convencer os deputados a apresentar as emendas em favor da cidade.
Não cabe a palavra espúrio para definir o sistema de liberação de emendas por parte de parlamentares.
Pouco incisiva.
Numa República que se pretenda federativa, governadores e prefeitos, nem precisariam se deslocar para Brasília e muito menos, cabisbaixos, batendo portas para o rogo de adjutórios.
Também não haveriam de se portar como reféns dos doadores, obrigando-se a montar palanques como retribuição, avalizando-os junto ao conjunto dos seus concidadãos.
Lembro-me quando, Leon Peres, governador biônico do Estado, chamou Marcos Vellozo, então prefeito da minha Santa Isabel do Ivai e mandou ver: Prefeito, fulano de tal é o meu candidato a deputado na sua cidade. Não sendo o mais votado, você ficará a pão e água! E funciona assim até hoje. Até sempre, pois ao Sistema não interessa reforma tributária e muito menos política.
O cidadão paranavaiense compra uma caixa de fósforos e do seu custo, 40 por cento é a soma de impostos nominados pelas mais diferentes e indecoráveis cifras. Como os ministérios do Governo, indecoráveis pela própria presidentE.
Bem, essa carga tributária imposta à caixinha de fósforos, segue para Brasília e a sua destinação é conhecida por todos – perdoar dívidas de países ideologicamente alinhados, viagens caras e infrutíferas, custear o aparelhamento do Estado, botar um tijolo na transposição do São Francisco e milheiros no Maracanã. O prefeito Lorenzetti há que se virar para tapar os buracos das suas ruas, botar remédios nos postos de saúde, pagar a turma que toca a prefeitura, que toca o Ensino, com o chorado Iptu e com a participação rídicula no que resulta da arrecadação do Icms, do ISS. Quem casa quer casa: Lorenzetti tem que erguê-las e as pede pro tão decantado Minha Casa, Minha Vida, que lá atrás já atendeu pelo nome de casas do BNH e que foi inventado, na realidade, por Dom Helder Câmara, no Rio. Na diretoria da Caixa, Lorenzetti tira fotografia, assinando convênio, ao lado do deputado que o representa junto ao Governo Federal. Ele entrou com o terreno, com obras de patrolamento, pavimentação. O governo do Estado, no ato também representado, se compromete “puxar luz, água e esgoto”. Dai, vem o Governo Federal com a cereja do bolo: o financiamento, a preços módicos – que poderiam ser mais módicos ainda. O dinheiro vem do FAT, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, isto é, dinheiro amontoado numa conta ao longo dos anos e resultante das próprias contribuições de cada um deles, na compra duma caixa de fósforos, por exemplo. Lorezentti, minha gente, quer dizer Jane de Guairaçá, Molina de Terra Rica, dr.. Cláudio de Alto Paraná, Sérgio de Santa Mônica, Beto Campos da minha Sanza, Pedrinho Prates de Porto “Miami II” Rico,, Menegusso aqui do Campo Magro e mais os 390 prefeitos do Paraná e os mais de cinco mil de todo o Brasil. Haja pires.