“Temos uma Ferrari com tanque cheio e as chaves
e não conseguimos ir em frente”, compara prefeito
As atuais condições da Unidade Morumbi da Santa Casa de Paranavaí (com as obras físicas concluídas e equipamentos e mobiliários adquiridos) e sem estar funcionando foi comparada pelo prefeito de Paraíso do Norte, Beto Vizzotto, a um bom carro em condições de viajar, mas que está estacionado. “Temos a estrada, uma Ferrari com o tanque cheio, as chaves e não conseguimos ir em frente. Estamos parados no acostamento”, disse ele.Vizzotto visitou a Unidade Morumbi acompanhado da secretária de Saúde do município, Evelin Tanikawa. Foram recepcionado pelo diretor-geral da Santa Casa, Héracles Alencar Arrais. Após a visita, o prefeito confessou que ficou “impressionado” com o porte do hospital, a qualidade das obras e dos equipamentos adquiridos. “É um sonho tudo aquilo”, disse ele.
Se a Unidade Morumbi se constitui num sonho o seu não funcionamento é um pesadelo. “Um hospital naquelas condições parado, numa época terrível que estamos atravessando, é inconcebível, não pode acontecer. Temos que agir”, reforçou o prefeito.
Beto Vizzotto se colocou à disposição para ajudar no âmbito da Amunpar e junto ao Governo do Estado para que a unidade hospitalar entre em funcionamento o mais breve possível. “Tem que ser um esforço conjunto de todos os municípios”, defendeu.
Mesmo tendo convênio até pouco tempo atrás com um hospital local particular, Vizzotto diz que “está na fila” para as cirurgias eletivas que eram realizadas na Santa Casa. “Aqui no hospital eram atendidos os casos de urgência e emergência. Os demais procedimentos eram feitos na Santa Casa, no Hospital João de Freitas (Arapongas) e os casos oncológicos em Maringá. O hospital aqui era só a porta de entrada no sistema”, revela ele, que teve abri abrir um pronto socorro 24 horas para urgências e emergência.
Por isso defende um amplo diálogo envolvendo o Governo do Estado, os municípios e a diretoria da Santa Casa para avaliar a melhor forma de financiamento da Unidade Morumbi. “Sabemos que a tabela do SUS é deficitária. Mas os municípios também estão sobrecarregados. Por isso temos que sentar e conversar, enfrentar a questão, superar as dificuldades e colocar este hospital para funcionar”, defendeu ele.