Se alguém tinha dúvida, hoje ela cai. As novas concessões de pedágio não serão feitas pelo modelo atual e também será como quer o governo Bolsonaro. Todas s forças políticas, sociais e econômicas defendem o novo pedágio pelo menor preço. Isso ficou demonstrado de forma cabal na reunião de hoje, quando o governador Ratinho Jr, em Brasília, com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, reafirmou a posição do Paraná em defesa das novas concessões de pedágio nas rodovias do Estado por menor tarifa.O ministério tem defendido um leilão em modelo híbrido, por menor tarifa com limite de desconto de 17%, e o pagamento de um valor de desempate pelas empresas, que seria revertido nas próprias concessões, através de obras ou redução de preço. O modelo defendido pelo ministro prevê ainda um degrau tarifário de 40% após as duplicações de rodovias.
Deputados paranaenses e representantes do setor produtivo do Estado defendem leilão exclusivamente por menor tarifa, sem limite de desconto, e com um depósito caução para a garantia de obras logo no início das concessões. Eles criticam ainda o degrau tarifário de 40% após as duplicações.
Ontem, Ratinho Jr já teve um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Palácio do Planalto, para tratar do mesmo assunto. “Acabamos de sair de uma reunião importantíssima com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. O governo federal e o ministério tem ainda finalizado a proposta para apresentar ao Paraná. E nós, obviamente, reiteramos aquilo que é o desejo de toda a população do Paraná, que é ter a tarifa mais baixa, ter obras e automaticamente, ser na Bolsa de Valores para ter transparência”, disse o governador.
As atuais concessões do pedágio terminam em novembro. O governo federal pretende fazer a a nova concessão por 30 anos de 3.327 quilômetros de estradas federais e estaduais – 834 quilômetros a mais do que as atuais que vencem em novembro, e um investimento de R$ 42 bilhões. A concessão seria dividida em seis lotes, 42 praças de pedágio, 15 praças a mais do que atualmente.
Opinião de Fábio Campana