Braga Netto nega politização que haja dos quartéis

Publicado em 30 de abril de 2021

Ministro da Defesa participou de audiência em comissão do Senado para apresentar os novos comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica.

O ministro da Defesa, Braga Netto, disse nesta quinta-feira (29), em audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, que ”não existe politização” nas Forças Armadas. Questionado por senadores, ele também afirmou que não há leitos ociosos nos hospitais militares.

A reunião foi convocada para a apresentação ao Senado Federal dos novos comandantes de Exército, Aeronáutica e Marinha.

Em março, o presidente Jair Bolsonaro trocou os comandantes das três forças. Desde a redemocratização, foi a primeira vez que os três comandantes foram demitidos ao mesmo tempo, fora do período de troca de governos.

Segundo informou o Blog do Camarotti, houve entre oficiais quem enxergasse o movimento que levou à demissão do então ministro Fernando Azevedo e Silva, antecessor de Braga Netto no cargo, como um sinal de Bolsonaro de que desejava ter maior influência política nos quartéis.

Segundo Braga Netto, “as Forças Armadas permanecem seguindo a linha da hierarquia, disciplina, Constituição e da defesa do povo”.

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Leitos ociosos
Questionado pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), Braga Netto negou que existam leitos vagos em hospitais militares, em contraste com hospitais lotados na rede pública em razão da pandemia de Covid — nesta quinta, o país ultrapassou a marca de 400 mil mortos pela doença.

“É exatamente o contrário. Nós não temos disponibilidade [de leitos], nosso índice de contaminação é maior na família militar, que abrange o pessoal da reserva.”

Em março, o TCU determinou que os comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica informassem a situação dos hospitais militares, incluindo dados sobre leitos disponíveis.

O ministro não apresentou dados de leitos de UTI sob a responsabilidade das Forças Armadas.

“O fato é que não existem leitos ociosos nos nossos hospitais. Nossos hospitais estão completos. O leito que está vago é justamente do rodízio de quem sai da UTI para entrar quem está pior.”

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