O Instituto Maurício Gehlen (IMG) lançou um programa no âmbito de seu principal projeto social, o Centro de Convivência do Idoso (CCI), para dar qualidade de vida aos que frequentavam a instituição, que está há um ano com as atividades suspensas. Trata-se do CCI +, um programa que vai buscar a interação entre a instituição e seus frequentadores. “O nosso objetivo é dar qualidade de vida dos nossos vovôs e vovós, muitos deles abalados psicologicamente pela falta de convivência e outros regredindo fisicamente pela falta de atividade por causa da pandemia”, resumiu o presidente e fundador da instituição, o empresário Maurício Gehlen.

O CCI + começará com atividades físicas que serão ministradas voluntariamente pela professora Jane Nunes de Lima. As aulas serão aos sábados de manhã, 9 horas, através do Facebook. “Escolhemos o sábado para facilitar para aqueles que ainda não estão familiarizados com as redes sociais. No sábado, eles podem ter ajuda dos filhos e netos”, justificou o presidente.

“Nós teremos na primeira fase atividades de adaptação, já que a maioria deles está bem sedentária. Depois vamos evoluir. Não há necessidade de ninguém comprar nada para as aulas. Vamos usar aquilo que todo mundo tem em casa: cadeira, cabo de vassoura, almofada etc. Nada complicado”, explicou a professora Jane.

Maurício Gehlen explica que as atividades físicas são o primeiro passo do projeto. “Nós queremos fazer lives com profissionais de diversas áreas que possam trazer informações e orientações importantes para a vida de nossos idosos. Serão médicos, advogados, assistentes sociais, psicólogos e todos aqueles que de alguma forma possam contribuir. Com estas lives, além de levar informação e orientação, vamos também atuar na saúde mental e emocional dos vovôs e vovós, que estão fragilizados por conta da pandemia”, disse ele.

LANÇAMENTO – O CCI + foi lançado na manhã de sábado (06) com uma live direto do Centro de Convivência, quando o projeto foi apresentado. A coordenadora do Centro, Beatriz Gehlen, relatou que nos poucos contatos com os idosos, principalmente no fim do ano passado, teve duas reações: a alegria de poder reencontrá-los, ainda que mantendo o distanciamento social, o uso de máscara e sem abraços, e a tristeza em ver que muitos deles estão depressivos e alguns precisando de bengalas para se movimentar.

“Foram estes relatos que levou nossa diretoria a pensar em algo para mitigar o sofrimento, a solidão, o desgaste mental e a ociosidade dos nossos vovôs”, disse o fundador do IMG.

Frustrado por ter que suspender as atividades do CCI desde o dia 17 de março do ano passado, já que os idosos formam um dos principais grupos de risco para a Covid-19, Gehlen não esconde que o novo projeto será um alento neste período de pandemia. “Estamos sentindo muito a falta dos nossos idosos. Este Centro foi construído para eles. Todos estamos tristes. Mas com o CCI + vamos nos aproximar um pouco”, apontou.