CONCESSÃO DE RODOVIAS
ACIAP adere a movimento em prol de audiência pública em Paranavaí

Publicado em 09 de fevereiro de 2021

Ivo-HelicópteroA Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP) aderiu ao movimento em favor da realização de uma audiência pública na cidade para discutir o modelo de concessão de rodovias do Paraná. A decisão foi tomada na reunião ordinária desta terça-feira (dia 09), após o diretor de assuntos da indústria, Ivo Pierin Júnior, levantar o assunto.O presidente da ACIAP, Rafael Cargnin Filho, concordou com a adesão ao movimento, liderada pela Sociedade Civil Organizada, pois a Assembleia Legislativa, que está promovendo as audiências públicas, não incluiu a realização de um encontro em Paranavaí. “Esta Casa está à disposição para fazer os debates”, disse Cargnin, que encarregou Pierin de conduzir o assunto.

O contrato com as concessionárias das rodovias do Anel de Integração vence este ano. Para fazer a concessão, a União cedeu as rodovias federais ao Estado, que as repassou a empreiteiras. Agora, no entanto, as rodovias serão devolvidas à União, que contratará as concessionárias. A nova proposta foi desenvolvida pela EPL – Empresa de Planejamento e Logística, ligada ao Ministério da Infraestrutura. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) apontou o que considerou as prioridades.De acordo com Pierin, “pela proposta conhecida no ano passado”, dos quase 2.500 quilômetros de duplicação previstos na nova concessão, apenas 200 quilômetros serão na macrorregião noroeste, que reúne as microrregiões de Maringá, Paranavaí, Umuarama e Cianorte. “Estes 200 quilômetros não contemplam nem a PR-323, entre Maringá e Francisco Alves”, lembra ele. Esta proposta deixa claro que não haverá qualquer outro trecho duplicado.

Outra preocupação é a instalação de uma praça de pedágio em Guairaçá. Mas para o trecho (Paranavaí-Nova Londrina) estão previstas apenas terceiras faixas, manutenção e alguns trevos. Na opinião de Pierin, isto é pouco pois 30% da necessidade da pista adicional já existe.

Para agravar a situação, o contrato será por 30 anos. “Isto significa que neste período não vai acontecer a duplicação. E qual vai ser o movimento nesta rodovia daqui 30 anos? É como se imaginar como seria o trânsito entre Paranavaí e Nova Esperança se não tivesse acontecido a duplicação”, diz ele.

A redução do custo do pedágio (entre 35% e 65%) também gera desconfiança na região “Por tudo isso, defendemos a realização de uma audiência pública em Paranavaí. Queremos discutir os problemas regionais, conhecer o projeto e apresentar sugestões”, finaliza Pierin.

Alda - 391x69

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.