Quando o cidadão se sente prejudicado pela omissão ou uma ação do poder público, ele reclama na emissora de rádio, o vereador critica da tribuna, a reclamação é registrada na ouvidoria e por aí vai. E quando é o cidadão que causa dano ao poder público, onde ele deve reclamar?
Um levantamento realizado recentemente pela Prefeitura Municipal de Paranavaí revelou que a cidade gasta, por ano, cerca de R$ 500 mil para consertar ou substituir equipamentos, objetos ou prédios públicos depredados por atos de vandalismo.
O dinheiro seria suficiente para pavimentar 10 quadras por ano ou recapear 15 quadras com asfalto CBUQ ou, ainda, construir um posto de saúde (UBS) por ano. Entre as maiores despesas do município com vandalismo estão apedrejamento de janelas e vidros, portas arrombadas, lixeiras, bancos, carteiras escolares e banheiros depredados, alambrados derrubados, placas de sinalização danificadas, e, ainda, roubos de fiação elétrica.
Só na quadra poliesportiva coberta da Escola Municipal Getúlio Vargas, inaugurada em agosto do ano passado, foram três roubos de fiação em apenas nove meses. Segundo a diretora, Vilma de Almeida, cada vez que a fiação tem que ser substituída, o prejuízo aos cofres municipais é de aproximadamente R$ 2 mil.
“A gente gasta muito durante o ano fazendo reposição de fiação e de outros objetos depredados, enquanto poderíamos comprar outras coisas em beneficio dos nossos alunos, como jogos para serem usados em sala de aula, mais computadores para laboratório, materiais didáticos e esportivos”, desabafa a diretora.
Com Secom/Paranavaí