ACIAP orienta empresários a não utilizarem fogos com estampido

Publicado em 16 de setembro de 2020

A Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP) está orientando seus associados à não utilizarem fogos de artifício com estampido em casos de inaugurações, reinaugurações e lançamentos de promoções especiais. O uso de fogos com estampido contraria a Lei Municipal Complementar 054/2020.O projeto desta Lei foi apresentado pelos vereadores Aldrey Azevedo e Lucas Barone, justificando que os fogos sem estampidos promovem o bem-estar de pessoas idosas, com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), pacientes que estão internados e animais, por possuírem sentidos auditivos aguçados. A Lei prevê, caso ela seja desrespeitada, multa de R$ 500 e apreensão dos fogos. Em caso de comercialização e utilização a multa é ainda mais salgada: R$ 2 mil.

MARKETING NÃO RECOMENDA – O gerente da ACIAP, Carlos Henrique (Kaká) Scarabelli, informa que ainda é prática entre alguns empresários o uso de rojões para chamar a atenção. Mas ele lembra que especialistas em marketing desaconselham o uso de fogos. Não aprovam os fogos, pois entendem que eles não dão resultados. Estourar fogos de artifício não significa que o cliente vai conseguir identificar de qual loja é o estampido e tão pouco vai aguçar ou criar curiosidade para ele ir às compras. Estas medidas simplesmente não funcionam. É um gasto desnecessário.

Embora vá contra a cultura popular, a ACIAP considera que a lei é bem-vinda, porque os fogos com estampidos criam vários incômodos e prejuízos à sociedade e a cidade. “Os estampidos afugentam os morcegos, por exemplo, que são os predadores naturais de pernilongos, do mosquito da dengue e outros insetos. Tem também a questão dos animais de estimação que se perturbam e podem fugir de casa causando transtorno às famílias e principalmente às crianças”, lembra Scarabelli.

Ele acentua ainda o incômodo às pessoas com transtornos, como o autismo e síndrome de Asperger, e os idosos que se incomodam e se irritam como os estampidos. “São causas nobres que o comerciante pode colaborar e encontrar outras medidas para chamar a atenção dos clientes”, enfatiza Kaká.

 

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