APOIO À LAVA JATO

Publicado em 17 de agosto de 2020

ACIAP se integra à campanha contra a corrupção, lavagem
de dinheiro e pela continuidade dos trabalhos da Lava Jato

Aciap-lava-jato“Os empresários, empreendedores e pessoas de bem não podem aceitar qualquer iniciativa contra a continuidade dos trabalhos da Lava Jato ou contra qualquer outro instrumento de combate a corrupção. Temos que dar um basta na corrupção que emperra o desenvolvimento do país”.

O comentário é do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), empresário Maurício Gehlen, e foi feito na manhã desta segunda-feira, dia 17, quando a entidade passou a integrar o movimento, liderado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (FACIAP), contra a corrupção, a lavagem de dinheiro e em apoio à continuidade dos trabalhos da Força Tarefa da Lava Jato.

A campanha será desenvolvida através das redes sociais onde serão postados banners com frases alusivas à iniciativa. As expressões vão justificar a razão da campanha. É por aqueles que trabalham, é por aqueles que produzem, é por aqueles que empreendem, é por justiça social que apoiamos a Força Tarefa Lava Jato. Estas são algumas das frases começam a ser publicadas nas redes sociais da ACIAP a partir desta semana.

Para Gehlen, desde 2014, o Brasil atravessa um momento histórico com as investigações desenvolvidas pelo Ministério Público e Polícia Federal no combate a corrupção. Lembra que tudo começou numa investigação contra um doleiro que operava num posto de combustível (razão do nome da operação). “Foi uma iniciativa louvável que investigou muitas pessoas envolvidas com casos de corrupção e que até hoje não acabou”, frisa.

Ele diz que a ACIAP dá todo apoio à campanha da FACIAP, pois “não podemos aceitar que estes trabalhos sejam paralisados por quem não quer ser investigado pelos seus interesses. As investigações têm que continuar e os ataques à Lava Jato têm que cessar”.

POR QUE TERMINAR? – Na avaliação do presidente da FACIAP, Marco Tadeu Barbosa, a Lava Jato ainda não cumpriu na integralidade com o seu papel e os trabalhos devem continuar “em busca da justiça, da devolução do dinheiro subtraído dos cofres públicos e, de preferência, sem a interferência política. A Operação Lava Jato é uma das maiores iniciativas de combate à corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil. Por que terminar?”, indaga ele, ao destacar que até agora cerca de 5 bilhões de reais desviados dos cofres públicos foram recuperados e devolvidos às vítimas (Petrobras, União, Caixa Econômica etc). Marco lembra também que os acordos de colaboração e de leniência envolvem mais de R$ 14 bilhões (até 31 de julho de 2020).

“O quanto podia ser feito com todo este dinheiro? Tudo isso poderia ter sido investido na saúde, moradia, segurança, educação, estrutura hospitalar, na redução do número de pessoas que estão na pobreza. E pergunto: quando ainda tem para ser recuperado? Nos últimos dias, só num acordo, ficou acertado a restituição de R$ 1 bilhão para os cofres públicos”, acentua Gehlen.

Os números da Lava Jato, na avaliação do presidente da ACIAP, revelam que o Brasil é um país rico, pela sua grande produção agrícola e até pelos altos impostos, mas boa parte dos recursos públicos é desviada. “Se não houvesse este desvio o Brasil não seria a 8ª ou 9ª potencial econômica mundial, mas ocuparia uma 3ª posição ou algo próximo disso”, diz ele.

Gehlen lamenta que a corrupção não está somente nos altos escalões da República. “Tem gente que critica a corrupção em Brasília e quando recebe um valor a mais de troco não devolve, ou fura uma fila na saúde. Quando se desvia um centavo também se está contribuindo para a disseminação da corrupção no Brasil”, se indigna. “Quando uma pessoa participa de um ato de corrupção, por menor que seja, está fazendo algo contra ele mesmo, porque esse dinheiro vai fazer falta aos serviços públicos que ele utiliza”, complementa.

A questão cultural expõe uma certa hipocrisia social: toda vez que o cidadão é beneficiado por um ato de corrupção ele deixa de ver a iniciativa como imoral e ilegal. “Nós precisamos fortalecer o sentimento de seriedade, de honestidade. Este é um legado da Lava Jato: valorizar os bons cidadãos, os bons costumes. A corrução fere quem ganha seu sustento de sol a sol. Quando se combate a corrupção se promove a justiça social”, analisa o presidente da ACIAP. “

Outro importante legado da Lava Jato e uma das principais razoes para a continuidade dos trabalhos é que ela reduziu drasticamente o sentimento de impunidade no país, levando para a cadeia corrupto e corruptores, políticos, empresários, intermediários e laranjas. “A Lava Jato mostrou que é possível punir quem pratica a corrupção, seja ele do primeiro, segundo ou terceiro escalão do governo, ou pequenos, médios e grandes empresários desonestos, doleiros que atuam à margem da lei e ajudam no processo de lavagem de dinheiro. O Brasil precisa cada vez mais punir os corruptos. E é por isso que a ACIAP participa desta campanha. Chega de corrupção”, arremata Gehlen.

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