Pesquisa mostra quadro eleitoral no Paraná

Publicado em 01 de maio de 2013

Uma pesquisa divulgada esta semana mostra que se as eleições para governador fossem hoje, haveria segundo turno. O governador Beto Richa (PSDB) apareceu na frente com 40,6%, mas insuficiente para fechar a fatura no primeiro turno, uma vez que, a ministra Gleisi Hoffmann (PT) apareceu em segundo com 28,2% das intenções de votos e o senador Roberto Requião (PMDB) surgiu em terceiro com 19,7% das intenções.
Segundo análise de um jornalista de Curitiba, o quadro mostra que a oposição somaria 49% das preferências e levaria o pleito para o segundo turno. Essa tendência representa o perigo de Richa ser o primeiro governador do Paraná a não conseguir se reeleger – uma das razões pelas quais, ao contrário dos esforços que fez até passado recente para alijar Álvaro Dias do PSDB, tenta agora fazê-lo reforçar sua chapa colocando-o para disputar o Senado. Ao mesmo tempo, procura enfraquecer a chapa de Gleisi Hoffmann se conseguir forçar Osmar a desistir de ser candidato a senador.
Aliás, de preocupado (por o PSDB não assegurar sua candidatura à reeleição), o senador Álvaro Dias passou a respirar aliviado, porque Richa garantiu legenda. E agora está rindo à toa, pois a mesma pesquisa aponta, numa situação estimulada para o Senado, envolvendo dois cenários, que ele está disparado na preferência do eleitorado. No primeiro, Álvaro Dias apareceu com 63,17%, seguido de Orlando Pessuti (PMDB) com 11,35%, André Vargas (PT) com 5,84% e Rosane (PV) com 5,37%, contra 7,43% de indecisos. No outro, Álvaro obteve 70,34%, Rosane do PV 8,56% e Sérgio Souza 3,32%, e os indecisos subiram para 8,96%.
O senador tucano saiu-se melhor no interior em ambas as sondagens, obtendo índices de 65,57% no primeiro cenário e 73,42% no segundo.
De acordo com os números da Paraná Pesquisas, responsável pela consulta, a pesquisa para governador envolveu três cenários. Na consulta espontânea, Beto Richa apareceu com 12,61%, seguido por Roberto Requião com 3,72%, Gleisi Hoffmann com 3,12% e Osmar Dias com 1,26%.
Na estimulada foram duas sondagens. Num dos cenários, Beto apareceu com 40,61%, Gleisi 28,27%% e Requião 19,71%. No outro, Beto obteve 45,65%, Requião 22,03% e Osmar Dias 18,58%. Já o governo Beto foi aprovado por 71,13% dos consultados.
No primeiro cenário, Beto obteve 43,84% das intenções de voto do interior, contra 33,20% de Curitiba e 34,09% da Região Metropolitana. No segundo, o governador fez 48,21% no interior, 37,89% na capital e 42,73% na Região Metropolitana.
Na avaliação do jornalista Cícero Cattani, de Curitiba, “Nem Beto Richa nem Gleisi Hoffmann surpreenderam na primeira pesquisa do Instituto Paraná, quem emergiu foi o senador Roberto Requião. Não na ponta, mas num terceiro lugar revelador de que está mais vivo que nunca. A queda do governador – já detectada em outra pesquisa – em Curitiba e Região Metropolitana ainda pode ser atribuída como sendo rescaldo da campanha de outubro, como também a liderança de Gleisi, beneficiária da vitória de Gustavo Fruet.
Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, Gleisi ganharia de Beto em Curitiba – 35,16% contra 33,20%; e nos municípios da região – 35,45% contra 34,09%. O senador Roberto Requião teria 16,4% dos votos na Capital e 19,55% na Região Metropolitana. A diferença apertada em Curitiba, seria compensada por Beto que ganharia de Gleisi no interior. Ele teria 43,84% dos votos contra 25,02%. O senador Roberto Requião teria 20,56% dos votos no interior do Estado. Números que indicam segundo turno em 2014. Beto e Requião, com os recursos disponíveis de cada um. Requião com o pé na estrada nos fins de semana e Beto, quase diariamente, cruzando os céus. Gleisi, por enquanto, a tudo assiste de Brasília.
A Paraná Pesquisas também levantou o quadro sucessório para o Palácio do Planalto no Paraná. Na consulta espontânea, Dilma Rousseff apareceu com 17,39%, Lula com 5,31%, Aécio Neves com 2,79%, José Serra com 2,19%, Marina Silva com 1,26% e Geraldo Alckmin 0,40%. Até o ministro Joaquim Barbosa apareceu, mas com apenas 0,20% das intenções de voto. Os indecisos, nesse caso, somaram 65,96%.
Já na consulta estimulada, Dilma fez 50,83%, contra 15,86% de Marina Silva, 13,01% de Aécio Neves e 3,32% de Eduardo Campos.
A pesquisa, que agitou o meio político paranaense, ouviu 1.507 eleitores de 68 municípios paranaenses entre 20 e 24 deste mês, o que confere aos números auferidos um grau de confiança de 95,5%.

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