Consumo mensal de gás equivale a 55 botijões domésticos.
São 550 quilos de arroz e 1.750 quilos de carne (boVina e de frango)
Embora a maior dificuldade da Santa Casa de Paranavaí no momento seja a aquisição de EPIs (Equipamento de Proteção Individual), nos últimos dias o hospital tem recebido também a doação de alimentos. “Estas doações também são importantes, porque o dinheiro que iria para a cozinha, fica liberado para aquisição de outros produtos e insumos necessários ao hospital”, diz o gerente financeiro do hospital, Marcelo Cripa. Segundo ele, a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19, tem provocado uma alta no consumo de equipamentos de segurança, como máscaras, luvas, aventais etc, e produtos de desinfecção e descontaminação.O aumento do consumo e a elevação de preços destes produtos aumentaram bastante as despesas do hospital. De outro lado, para poder abrir uma ala específica para atender os pacientes confirmados e suspeitos de Covid, a Santa Casa teve que suspender cirurgias eletivas e atendimentos particulares e de convênios, o que reduziu suas despesas. O resultado é que a Santa Casa está enfrentando uma situação de desiquilíbrio financeiro.
O orçamento mensal da instituição é de cerca de R$ 4 milhões. A maior parte deste valor é destinado ao pagamento de pessoal: aproximadamente R$ 1,5 milhão para servidores e R$ 800 mil a médicos. O restante é utilizado na manutenção do hospital (remédios, manutenção de equipamentos, insumos para procedimentos), inclusive a hotelaria, como refeições, lanches, lavanderia etc.
Por isso, as doações de produtos alimentícios são importantes também para a Santa Casa. A cozinha responde por cerca de 10% das despesas do hospital (excluindo o pagamento de pessoal), entre insumos e serviços como água, energia elétrica, gás etc. Em média são servidas 800 refeições diárias entre café da manhã, almoço, café da tarde, janta e ceia. Alguns pacientes, dependendo da dieta prescrita, têm um lanche entre o café da manhã e o almoço. Além dos pacientes, funcionários que fazem escalas 12 X 36 (trabalham 12 horas direto), principalmente os da noite e dos fins de semana, também fazem suas refeições no hospital. Mas a maioria das refeições destina-se a pacientes e acompanhantes.
Para preparar as cerca de 25 mil refeições por mês consome-se, em média: 550 quilos de arroz (tipo 1), 600 quilos de açúcar, 230 quilos de feijão (tipo carioca), 200 quilos de macarrão (90 quilos do tipo Ave Maria; 40 do tipo espaguete e 70 do tipo parafuso) e, ainda, 200 unidades de óleo de soja de 900 ml.
Não é só. Os números da proteína animal também são grandiosos: 600 quilos de carne bovina (400 em cubos e moída e 200 quilos em bife) e 750 quilos de frango (400 quilos de sobrecoxa e 350 de peito).
Para preparar tudo isso, a cozinha da Santa Casa consome em média 180 quilos de gás por semana; 720 quilos por mês. O gasto mensal com GLP é o equivalente a 55 botijões dos domésticos de 13 quilos. O hospital usa botijões de 45 quilos.
“Quando se fala em hospital, a maioria das pessoas liga a remédios, procedimentos cirúrgicos, médicos e enfermeiros. Mas o hospital tem a sua hotelaria, que inclui serviço de copa, cozinha, lavanderia etc. E a hotelaria gera um custo considerável. Por isso que as doações de alimentos são bem vindos também. Tudo é bem-vindo. A Santa Casa é uma entidade filantrópica e agora, mais do que nunca, está precisando do apoio e da ajuda da sociedade”, frisa Marcelo Cripa.