“Ganho médio de capital é de 38% em dez meses e 5,5% de rentabilidade anual com aluguel”
Por David Ariosh
Em tempos de crise, alguns setores acabam sofrendo mais as consequências da desaceleração econômica do que outros, o que acaba levantando dúvidas sobre ser ou não uma boa ideia apostar em algum tipo de investimento.
Em meio a tantas incertezas, um dos setores que está tendo fôlego para seguir adiante é o da construção civil, que registrou em 2019 o maior percentual de crescimento em comparação com outros setores da economia brasileira – acumulando 4,4%, de acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Um ponto favorável apontado pelo engenheiro civil Ricardo Sordi, de Paranavaí, é que as taxas de juros caíram. “A taxa Selic, por exemplo, recentemente foi reduzida a 3,75%, ou seja, a menor já registrada no país”, explica.
Outra justificativa é que, considerando a realidade de Paranavaí e região, os imóveis continuam proporcionando lucros superiores à renda fixa.
“O ganho médio de capital é de 38% em dez meses e 5,5% de rentabilidade anual com aluguel. É mais vantajoso investir em imóveis do que deixar dinheiro parado na poupança com rentabilidade anual de 2,62%”, explica Sordi.
No entanto, quem decide investir em imóveis, que hoje conta com grande diversidade em oferta de crédito, precisa tomar algumas precauções – como se informar primeiro sobre a realidade local, perfil e histórico de obras da empresa contratada, prazos de entrega e potencial de valorização do imóvel em relação à localização.
“Tudo isso ajuda a evitar surpresas desagradáveis. É importante levar em conta também que os custos podem variar muito. Então pesquisar antes de comprar é de suma importância. Afinal, você tem que investir bem pra ter um bom retorno”, recomenda o engenheiro civil.
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É mais vantajoso investir em imóveis do que deixar dinheiro parado na poupança com rentabilidade anual de 2,62%”, explica Sordi
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Ricardo Sordi
Atualmente só se ouve empresários em desespero e pânico com o vencimento dos aluguéis. Mas não eram os impostos que estavam lhes sugando o sangue?
Impostos são cobrados sobre o que você fatura/lucra, ou como citou “sugam o sangue”.
O problema hoje são com despesas fixas, como por exemplo o aluguel, que são cobrados mesmo sem faturamento na empresa.
A recente indignação com o aluguel é sincera, uma vez que provém do desespero.
Ao contrário do indiscriminado “chega de impostos”, patrocinado pelo sistema financeiro, dentre os quais alguns são custos “fixos”, como o IPTU.