Santa Casa precisa luvas e máscaras de procedimento

Publicado em 27 de abril de 2020

Peças desapareceram do mercado e preços em constantes
elevações têm dificultado a aquisição destes equipamentos

Com a ajuda da comunidade (empresas e pessoas físicas), do poder público e usando recursos próprios, a Santa Casa de Paranavaí tem conseguido garantir insumos, medicamentos e os equipamentos de proteção individual (EPI) neste período de enfrentamento à pandemia com novo coronavírus, o Covid-19. No entanto, está encontrando muitas dificuldades para garantir os estoques de dois itens em especial: máscaras cirúrgicas e luvas de procedimento.

“Está muito difícil encontrar máscaras e luvas no mercado. São EPIs essenciais para os profissionais de saúde, que estão na linha de frente. Por se tratar de uma doença infecciosa há um aumento natural do uso destes equipamentos pelos profissionais. A nossa dificuldade é em relação luvas  e as máscaras cirúrgicas, já que dos outros tipos temos um estoque regular”, diz o gerente financeiro do hospital, Marcelo Cripa.

Segundo ele, quando consegue encontrar os equipamentos, os preços estão muito acima do que vinham sendo praticados até a eclosão da pandemia. Para se ter uma ideia, o valor das máscaras estava, na semana passada, 14 vezes mais que no início do ano.

JUSTIÇA FEDERAL – Para se ter uma ideia da situação, no final do mês de março, a Santa Casa entrou com um pedido junto a 1ª Vara Federal de Paranavaí solicitando a liberação de R$ 13,5 mil para aquisição de toucas elásticas sanfonadas, coletores de secreção e luvas de procedimento de látex. Este dinheiro é proveniente de cumprimento de pena de prestação pecuniária, transação penal e suspensão condicional de processo nas ações penais. O Conselho Nacional de Justiça orientou que juízes de primeiro grau destinassem esses recursos para o combate a pandemia do novo coronavírus.

Depois de ouvir o Ministério Público Federal, através do procurador da República Henrique Gentil Oliveira, que se manifestou favorável ao atendimento do pleito, o juiz Adriano José Pinheiro, “diante da grave crise no sistema de saúde atual”, acolheu e deferiu o pedido do hospital.

Ocorre que, entre o pedido e o deferimento passaram-se duas semanas, tempo suficiente para que fosse reajustado o preço dos produtos. Diante desta situação, o hospital teve complementar com cerca de R$ 2 mil para fazer a aquisição dos produtos.

“Esta é a situação que estamos vivendo hoje. Não encontramos o produto, quando encontra, o preço está nas alturas e se demorar um pouquinho entre o orçamento e a aquisição, não consegue mais comprar pelo valoro orçado”, revela o gerente financeiro.

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