Diretoria da Santa Casa e Governo do Estado trabalham para abrir Unidade Morumbi

Publicado em 25 de março de 2020

hospital está reservando ala com leitos e UTI
para atendimento aos pacientes do coronavírus

Guimarães-NO presidente da Santa Casa de Paranavaí, Renato Augusto Platz Guimarães, disse nesta terça-feira (24) que estão sendo envidados todos os esforços, por parte da instituição e do Governo do Estado, para que, no menor espaço de tempo possível, a Unidade Morumbi entre em operação. O comentário foi feito considerando um abaixo-assinado que circula na cidade, através da internet, pedindo a abertura da nova unidade hospitalar, cujo prédio está concluído, mas ainda faltam mobiliários, equipamentos e servidores. Ele informou que a iniciativa do abaixo assinado não é do hospital e confirmou que o pedido de doação, através do Boleto Solidário, é sim uma promoção da Santa Casa.Guimarães disse que o hospital tomou todas as providências para criar uma ala exclusiva para atendimento aos pacientes de coronavírus. “O que dependia de nós, já fizemos. Assim que o Governo do Estado der o ok e nos enviar os equipamentos teremos uma ala com 26 leitos, dez dos quais de UTI. Vamos atender aqui na Unidade Central, com toda a nossa estrutura técnica e de pessoal”, disse ele.
O diretor técnico da Santa Casa, Jorge Pelisson, acrescenta que, além desta ala, se houver necessidade de expansão do serviço, estuda-se e está sendo encaminhada alternativas para novos locais, entre elas, a Unidade Morumbi. Mas tanto a ala já preparada para receber os 26 leitos como a eventual expansão do serviço serão feitos acompanhando a orientação da Secretaria de Estado da Saúde.
Sobre a Unidade Morumbi, o presidente ressaltou que “não dá para apenas e tão somente colocar algumas camas lá abrir a unidade. Tenho dito desde que assumi a presidência que a Santa Casa tem que atender a população com dignidade”. Segundo ele, além dos leitos hospitalares, a Unidade Morumbi precisa ainda de depósito central de oxigênio, que já estava sendo negociado e foi parada pela eclosão do novo coronavírus, equipamentos para exames e diagnósticos, entre outros. Não bastasse isso, lembra Guimarães, “não temos funcionários nem médicos para colocar lá e ainda não foi definida a forma de financiamento do hospital. O atendimento lá será exclusivo SUS e todos sabem que os valores pagos pelo Sistema são deficitários. Na Unidade Central, os convênios e atendimentos particulares ajudam a cobrir o déficit. E lá no Morumbi?”, questiona.
Ele antecipou que a Santa Casa já está adquirindo equipamentos para sua nova unidade. “Mas vejam só: quando fizemos o orçamento o dólar estava pouco mais de R$ 4,50, hoje está acima de R$ 5,00. Para se ter uma ideia, somente num equipamento que estamos adquirindo esta variação no dólar impacta em mais de R$ 76.000,00”, explica.
Além disso, estes equipamentos médicos de alta tecnologia, especialmente os de UTI, demandam certo prazo de entrega. Com a pandemia, este prazo foi dilatado ainda mais, porque o mundo inteiro está comprando estes equipamentos.
Desde que o Governo do Estado liberou os recursos, a Santa Casa começou o processo de aquisição dos equipamentos, através de licitação. São licitações que, por conta dos valores e das exigências legais, demandam alguns meses, podendo chegar a ano ou ser judicializado.
“Eu tenho certeza que a intenção do abaixo-assinado é a melhor possível. E ficamos gratos pela preocupação. Mas não adianta querer pressionar o Governo do Estado por soluções que não está na mão dele, como a alta do dólar e a falta de médicos e funcionários para atender no hospital”, sublinhou Renato Guimarães.

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