A Imprevidência do Presidente

Publicado em 17 de março de 2020

Chamado de louco quando registrou a candidatura, afinal, pretender desbancar a esquerda que se encontrava no poder por mais de 20 anos era loucura; de imbecil quando foi às ruas pedir votos, já que enfrentaria vários figurões para o mesmo posto; de mentecapto quando levou a facada em plena campanha pelo excesso de exposição; e de “coisa nenhuma” quando assumiu a presidência, já que não saberia administrar um país depois de 28 anos no Legislativo, Jair Bolsonaro, com seu jeito de ser, de pavio curtíssimo e personalidade objetiva, contabiliza hoje muitos inimigos na política.Precisamente os mesmos que angariou ao disputar a presidência e que não se conformam em perder o “toma-lá-dá-cá” que norteia o Congresso desde o começo da República. Quinze meses depois da posse, eles ainda se encontram em campanha e se irmanam, independentemente de partido, se para lhe bater sem piedade nas 24 horas do dia, de domingo a domingo, faça chuva ou sol.
Nesse último dia 15 – “Domingo Coronavírus”, Bolsonaro, de ego envaidecido nas cercanias do Palácio diante da multidão que gritava seu nome entremeado com a alcunha Mito, foi até eles, os cumprimentou, tirou selfies e trocou afagos contrariando o que o Ministério da Saúde vem preconizando a respeito dos cuidados a se ter com o COVID-19.
Saraivadas de repreensões e de carraspanas surgiram de todos os lados condenando a atitude, afinal, sua imprevidência foi lastimável e causa de muita apreensão – com o que todos concordamos.
Mas aí vem os exageros: houve uma deputada que talvez tomada por ira irracional ou insanidade momentânea, pediu pela tribuna seu “impeachment” pelo “ato doloso de disseminar doença”, numa clara confirmação que o crescimento dói, mas a inveja quando chega… faz um grande estrago!
Como disse J.R.Guzzo na sua crônica de hoje, na Gazeta do Povo: quanto mais batem no Jair, mais ele se fortalece perante a opinião pública; e mais se aproxima da vitória do próximo pleito.
Reconheça-se que essa oposição se encontra desnorteada e desamparada, já que os tiros que dão lhes saem pela culatra com ele mais se aproximando do segundo mandato. Ainda não entenderam que o defeito não está na pontaria do atirador, mas no armeiro que idealizou e confeccionou a arma.

por Renato Benvindo Frata

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