Moro: “não trabalho com o viés partidário”

Publicado em 09 de agosto de 2019

“Está claro que um dos objetivos é anular condenações, entre elas a de Lula”.

“Quando aceitei o convite do presidente Bolsonaro, tinha um objetivo muito simples: meu foco é o de ampliar os avanços no combate à corrupção, o que envolve também superar obstáculos de eventuais retrocessos, e poder avançar contra o crime organizado. Essa é a missão. Na minha perspectiva, apesar de alguns questionamentos, meu trabalho é eminentemente técnico, embora, como ministro, sempre haja um componente político em função do relacionamento com o Congresso. Mas não trabalho com o viés partidário”.

Foi o que disse Sergio Moro à IstoÉ quando questionado sobre a possibilidade de se lançar candidato nas próximas eleições.

Sobre a possibilidade de ser vice de Jair Bolsonaro à reeleição em 2022 Moro declarou:
“Desconheço. Está muito cedo para falar em eleições futuras. Estamos ainda no primeiro ano de mandato. O presidente já mencionou que pode ser candidato à reeleição, mas planos específicos me parecem prematuros.”

Sobre o roubo das mensagens da Lava Jata Moro foi direto:
“Está claro que um dos objetivos é anular condenações, entre elas a de Lula”.
“As investigações vão revelar o que estava por trás disso. Houve um movimento na divulgação com o sentido de atacar a Lava Jato e o esforço anticorrupção que fizemos nos últimos anos. Talvez o objetivo seja anular condenações, impedir novas investigações. Se verificarmos o grande sensacionalismo na divulgação dessas mensagens, muitas vezes com distorções no conteúdo, de contexto e que nem se pode dizer que sejam autênticas, é de supor que o objetivo principal era impactar a Lava Jato.”

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