Segundo a leitura da Folha de S. Paulo, com base nas mensagens roubadas, Deltan Dallagnol teria investigado ilegalmente Dias Toffoli.
O fato é que, em 2016, quando Léo Pinheiro, sócio da OAS, estava negociando acordo com a PGR, Deltan Dallagnol, tentava impedir que ele o empreiteiro omitisse fatos ou usasse os depoimentos para manipular os investigadores. E em sua primeira mensagem sobre o tema diz: “Caros, a OAS trouxe a questão do apto do Toffoli?” Em reposta, o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes, responde: “Que eu saiba não. Temos que ver como abordar esse assunto. Com cautela.”Ao comentar a reportagem, Janaina Paschoal disse: “Não sei se os diálogos, publicados hoje, conferem com a realidade. Mas se conferirem, não vislumbro neles qualquer ilegalidade. Muito ao contrário, os Procuradores apenas estavam buscando averiguar possíveis irregularidades, graves irregularidades. Penso que os Jornais deveriam estar preocupados em apurar o que os Procuradores buscavam esclarecer e não criar a sensação de que eles estariam a transgredir. Já que, apesar das prisões dos hackers, as conversas interceptadas seguirão sendo publicadas, penso que o mérito dessas conversas deveria ser analisado com mais cautela. Queriam o quê? Que os Procuradores ignorassem potenciais ilicitudes perpetradas por um alto magistrado?”