CALENDÁRIO COMERCIAL

Publicado em 10 de junho de 2019

Lojistas sugerem calendário mais enxuto
em relação a dias com horários especiais

O novo calendário vai valer até 31 de maio de 2020

LojistasCerca de 35 lojistas se reuniram na manhã desta segunda-feira (10) em Assembleia Geral Extraordinária convocada pela Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), para definir uma sugestão de calendário comercial a ser enviado aos sindicatos do Comércio Varejista de Paranavaí (Sivapar) e dos Empregados no Comércio (Sindoscom). São os dois sindicatos que têm o poder de firmar a convenção coletiva de trabalho e definir o calendário. A ACIAP recolhe as sugestões e tem o compromisso do Sivapar em trabalhar para que as propostas sejam acolhidas na convenção.

O calendário valerá até maio do próximo ano. Nele estarão definidas as datas em que o comércio terá expediente alongado, os sábados que funcionará a tarde, o horário do comércio durante o mês de dezembro e o horário especial às vésperas de datas comemorativas de forte apelo comercial. Este calendário também definirá as compensações de feriados trabalhados e datas em que o comércio não funcionará, como na segunda-feira de carnaval, por exemplo.

Foi uma manhã de intensos debates, com os lojistas procurando um calendário que atendam os interesses da classe. Vários pontos tiveram que ser definido no voto já que não houve consenso, mesmo depois de muito debate.

“A gente fica muito feliz com a participação dos empresários do comércio varejista. É um número considerável se comparadas à outras reuniões para esta finalidade. E o que é mais importante: praticamente todos estão se manifestando, defendendo seu ponto de vista, brigando por aquilo que acreditam. E isso é muito positivo”, disse o presidente da ACIAP, Maurício Gehlen, que abriu e participou da reunião na maior parte do tempo.

O gerente da ACIAP, Carlos Henrique (Kaká) Scarabelli esclareceu que são os empresários quem deve decidir o calendário. “A ACIAP está serviço de vocês. O que a maioria decidir será acatado e encaminhado aos sindicatos com a solicitação de que seja acatado”. Lamentou que muitos lojistas que reclamam quando o comércio funciona em horário especial não compareceram para o encontro para dar sugestões.

Em relação ao calendário que se encerrou no último dia 31, o que está sugerido pelos lojistas agora é bem mais enxuto no que se refere principalmente ao trabalhos nos sábados à tarde. Em alguns casos em que o primeiro ou segundo sábados do mês, em que o comércio funciona á tarde, coincide com feriado, não haverá compensação no terceiro sábado, por exemplo, como vinha acontecendo.

Com a reforma trabalhista o calendário a ser definido pelos sindicatos com a participação da ACIAP terá validade apenas para as empresas filiadas ao Sivapar.  É que a nova legislação permite acordos direto entre patrões e empregados. Mas neste caso a ACIAP sugere que estes acordos individuais sejam homologados no sindicato para o empresário ter segurança jurídica. Para o calendário definido na convenção coletiva haverá divulgação dos horários especiais. As empresas que optar por um calendário diferenciado, individual, terá que fazer suas próprias divulgações.

“Hoje, a ACIAP é uma das poucas associações comerciais que fazem campanha de fomento do comércio através da imprensa. É um custo alto e é zero a participação de recursos públicos. As campanhas são viabilizadas graças a parceiros como o Sicoob. O dinheiro que usamos é da mensalidade de vocês e dos kits das promoções”, explicou Scarabelli. As campanhas obedecerão o calendário comercial da convenção coletiva.

 

 

 

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         EM ATENÇÃO AOS LOJISTAS

ACIAP pedirá reunião com prefeito para

tratar de calçadão e Casa do Papai Noel

Durante a Assembleia Geral Extraordinária realizada na manhã desta segunda-feira (10), no auditório da ACIAP, lojistas reclamaram de duas situações: a eventual implantação de um calçadão no centro da idade, na Rua Getúlio Vargas e a colocação da Casa do Papei Noel na Praça dos Pioneiros, retirando os consumidores da área comercial.

Em relação ao calçadão, a preocupação é com referência às vagas de estacionamento, que, segundo os lojistas, “já são insuficientes para atender a demanda”. No que se refere a Casa do Papi Noel em dezembro, alguns lojistas disseram que sua localização na praça foi até melhor do que no centro da cidade, mas entendem que há necessidade de uma compensação. “Que se coloque outros atrativos aqui no centro comercial”, indicou uma lojista.

Diante das reclamações e dos pedidos, a ACIAP, que não tem poder de decisão sobre tais assuntos, se comprometeu e encaminhar ofício à Administração Municipal solicitando uma reunião entre o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Delegado KIQ) e os lojistas para tratar do assunto.

 

 

 

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Edvaldo alerta para fechamento

de sindicatos de Paranavaí

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí (Sivapar), Edvaldo Cavalcanti, disse na manhã desta segunda-feira (10) que a entidade que dirige e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí (Sindoscom) correm o risco de fechar suas portas por problemas financeiros. “Se isto acontecer vai ser um enorme prejuízo para a nossa cidade. Vamos ter que obedecer o calendário de Maringá ou Londrina, cujo comércio tem outra realidade”, disse. Segundo ele, que atualmente assina oito convenções, o acordo de Paranavaí é o melhor. Se os interesses da cidade forem discutidos em outros centros não se pode garantir a mesma qualidade.

Ele pediu aos lojistas que ajudem as entidades recolhendo as contribuições sindicais. “Os sindicatos vivem da contribuição. E a contribuição não deixou de existir, só deixou de ser compulsória”, relatou. Lembrou que as convenções têm mais força que a CLT e é importante manter as entidades sindicais. “Eu peço que os comerciantes recolham a contribuição sindical e estimulem seus funcionários a recolher para o sindicato deles. Precisamos estar unidos e discutindo os problemas de nossa cidade”, reforçou Cavalcanti.

Ele diz que ajuizou cerca de 300 ações contra empresas que abriram em horário especial sem homologação do Sindicato. “Tem empresário que fala ‘eu não pago (o sindicato) e abro meu comércio’. Estes empresários vão ter uma desagradável surpresa”, advertiu.

 

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