Pepe Richa insiste

Publicado em 16 de maio de 2019

em ser julgado pela Justiça Eleitoral

O ex-secretário Pepe Richa não descansa: insiste em ser julgado pela Justiça Eleitoral e não pela justiça comum. Vale-se da interpretação que seus advogados fazem da decisão que o STF tomou em março passado, segundo a qual crimes comuns conexos a delitos eleitorais passariam a ser de competência de juízes eleitorais.
Pepe argumenta que as acusações que pesam contra ele em ações penais que tramitam nas justiças Federal e Estadual são de natureza eleitoral por suposta participação dele em esquemas de arrecadação para campanhas de seu irmão, o ex-governador Beto Richa.
Esta semana ele protocolou petição perante a 13.ª Vara Criminal de Curitiba para que seja retirado da lista de réus da ação penal decorrente da Operação Rádio Patrulha, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, e para que seu caso seja encaminhado para julgamento no Tribunal Regional Eleitoral. O juiz Fernando Bardelli Fischer ainda não despachou o pedido.
Em março passado, apenas um dia após a decisão baixada pelo STF, Pepe Richa tentou alcançar o mesmo objetivo na Justiça Federal, num requerimento que apresentou ao juiz Paulo Renato Ribeiro, da 23.ª Vara Criminal, encarregado da Operação Integração lançada pelo Ministério Público Federal que apurou propinas pagas pelas concessionárias de rodovias.
O ex-secretário de Infraestrutura e Logística nos governos do irmão, Pepe Richa foi alvo de três mandados de prisão – o primeiro, em setembro do ano passado, por conta da operação Rádio Patrulha, que investigou pagamentos a membros do governo por empresários que alugavam máquinas pesadas para o programa Patrulhas do Campo. O segundo, em razão da Operação Piloto, que apurou fraude na licitação da duplicação da PR-323 para favorecer a empreiteira Odebrecht. E o terceiro, pela Operação Integração, que apurou irregularidades nas concessões de pedágio no Paraná.
Em todos os casos, a alegação dos réus (incluindo Pepe) era a de que os recursos arrecadados serviriam para financiar campanhas eleitorais.
No requerimento que endereçou à 13.ª Vara Criminal, o ex-secretário apresenta outros motivos para deixar o rol de acusados – um deles porque desconfia da autenticidade de áudios gravados pelo delator Antonio Celso Garcia.

do Contraponto

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