no fim dos radares nas estradas
Em suas lives das quintas-feiras à noite pelo Facebook, a última delas transmitida ontem (28), o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a o funcionamento do que ele chama de “pardais” nas rodovias – ou, mas tecnicamente, aparelhos de radar capazes de detectar a velocidade dos veículos e multá-los automaticamente em casos de excesso ou de outras transgressões. A filosofia que inspirou a instalação dos equipamentos desde os ano 1990, previstas no novo Código Brasileiro de Trânsito, sempre esteve voltada para prevenção de acidentes.
Bolsonaro, no entanto, não acredita nisso. Trata-se de uma “indústria de multagem” – lucrativo sistema de arrecadação de dinheiro que as empresas concessionárias aproveitam para ganhar mais dinheiro: elas compram equipamentos de monitoramento e deixam de fazer obras nas estradas, como operações tapa-buraco, construção de – “como é mesmo no nome daquilo? – acostamento, faixas, que devem ser custeados com o dinheiro que elas ganham com o pedágio.
Diante disso, Bolsonaro quer acabar com tudo. A solução é simples: é melhor acaba cancelar a compra de prevista para os próximos dias de 8 mil novos radares das para as polícias rodoviárias e eliminar outros 80 mil em quando terminarem os contratos. Simples assim. “Isto tá resolvido!”, comemorou o presidente ao finalizar sua fala sobre este tópico.
Parece não ter passado pela cabeça do presidente que eliminar por completo os radares a criação de soluções mais sensatas para o defeito que ele diz existir. Neste sentido, seria melhor manter os radares mas não permitir que o custo dos equipamentos seja descontado de obras de conservação das pistas, gasto que deve feito pelas administradoras da rodovias, sejam as administradas pelas concessionárias privadas, sejam pelos governos.
Para Bolsonaro, estão enganadas as pessoas que imaginam que o “pardais” servem para diminuir acidentes – e consequentes vidas, ferimentos, prejuízos materiais.
É possível que terá de mudar o Código de Trânsito Brasileiro e revogar muitas das Resoluções baixadas pelo Contran, o órgão central de controle das leis de trânsito.
do Contraponto