por Fábio Campana
Os tempos não são fáceis para o ex-governador Beto Richa. Desde que foi preso pela terceira vez, nenhum dos seus aliados subiu à tribuna para dizer uma palavra sequer em sua defesa. Nada foi dito para rebater a acusação do Ministério Público, para atestar a idoneidade de Richa ou, em último caso, para ressaltar que, apesar dos pesares, a gestão Beto Richa teve sim seus méritos, como indicam os bons estudos sobre a questão fiscal dos estados.

Os deputados do PSDB e da outrora numerosa base do tucano permanecem silêncio ainda que muitos tenham acolhido ex-assessores e esposas de poderosos assessores do ex-governador. Fala-se, aliás, que o próprio Beto zelou pelos seus e teria elaborado uma lista de escolhidos, com a ordem de que precisavam ser abrigados na Assembleia, uma vez que nem todos acharam um pedaço de terra nos domínios do novo governador.
Estes, mesmos, protegidos pelo ex-líder não ousam dizer seu nome. Apagam fotos em redes sociais, mudam de assunto, saem pela tangente.