Do UOL, em São Paulo

O ex-presidente Michel Temer (MDB) foi preso na manhã de hoje em São Paulo pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Brian Alves, um dos advogados de Temer, confirmou a prisão e disse desconhecer o motivo do pedido. A defesa entrará com um pedido de habeas corpus.

Uma fonte do MPF (Ministério Público Federal) afirmou à agência de notícias Reuters que a prisão de Temer está relacionada a desvios nas obras de Angra 3.

“Barbaridade” reagiu o ex-presidente em telefonema ao jornalista Kennedy Alencar logo após a prisão, durante seu trajeto em direção ao aeroporto de Guarulhos. Temer segue para o aeroporto de onde será levado ao Rio.

Pouco antes do meio-dia, o ex-ministro das Minas e Energia do governo Temer Moreira Franco (MDB) também foi preso.
O ex-presidente respondia a cinco investigações no STF, que foram enviadas à Justiça de primeira instância quando ele deixou o cargo. Neles, Temer é investigado por corrupção, organização criminosa, obstrução de Justiça e lavagem de dinheiro. Temer perdeu o foro privilegiado após deixar a Presidência.

O que pesa contra Temer
O ex-presidente era alvo de cinco investigações que tramitavam no STF (Supremo Tribunal Federal) e foram enviadas à Justiça de primeira instância.

Além disso, o ministro Luís Roberto Barroso também determinou a abertura de outras cinco investigações na primeira instância, derivadas de suspeitas apuradas no chamado Inquérito dos Portos, que investigou o pagamento de propina a Temer por empresas que atuavam no setor.

Uma dessas investigações foi enviada ao juiz Marcelo Bretas, do Rio. Ainda não há confirmação sobre se a prisão de Temer foi determinada neste processo.

A investigação enviada a Bretas trata de suspeitas de pagamento de propina ao grupo de Temer relativa a contratos com a Eletronuclear.

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