Boa parcela da comunidade tupiniquim deve ter se perguntado: porque Bolsonaro não passou o cargo para o vice-presidente neste período de internação?
O editorial do Estadão diz que Jair Bolsonaro suspeita do general Hamilton Mourão.
O jornal contemporiza que o governo não pode se tornar refém de intrigas. Veja alguns trechos:
“O exercício da Presidência pelo vice-presidente deve respeitar o que diz a Constituição, e não o que ditam os filhos do presidente. Não se trata de uma questão familiar, mas institucional.
Bolsonaro precisa o quanto antes se dar conta de que não está mais em campanha, quando todos os problemas do País podiam ser ‘resolvidos’ por meio de slogans digitados em redes sociais, sob orientação dos filhos.
Governar é muito diferente de tuitar: demanda presença, articulação, lucidez – isto é, tudo o que Bolsonaro, convalescente e a reboque dos filhos e dos aliados mais radicais, ainda não conseguiu oferecer ao País.”
Segundo o Estadão, Hamilton Mourão até cogitou falar sobre os ataques que vem recebendo dos bolsonaristas, mas foi demovido da ideia. “O tiro pode sair pela culatra, na linguagem do quartel.”
Bolsonaro já recebeu aval da equipe médica do Albert Einstein e deve sair do hospital nesta quarta-feira.