Servidores municipais de Paranavaí

Publicado em 30 de janeiro de 2019

Proposta de reajuste de 4,17%
será levada à assembleia


Sindicato espera posicionamento da Administração
Municipal sobre outras reivindicações da categoria


A proposta de reajuste salarial de 4,17% para os salários dos funcionários da Prefeitura será levada para a discussão da categoria em assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranavaí (Sinserpar), a ser realizada em meados de fevereiro, entre os dias 15 e 18. A proposta foi apresentada pelo prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Delegado KIQ) em reunião de negociação na tarde desta terça-feira (29).
Segundo o presidente Gabriel dos Santos Luiz, que considerou “positiva” a reunião, a oferta garante que, depois de alguns anos, os servidores terão aumento real de salário. “Nós pedimos um índice maior, de 4,5%. O prefeito disse que não poderia chegar a este índice e fez a proposta de 4,17%, o que consideramos bom. Mas a decisão será tomada na assembleia”, disse Santos.
Participaram da reunião de negociação a diretoria do sindicato e representantes das secretarias municipais. O prefeito estava acompanhado de secretários e técnicos da Secretaria da Fazenda. “Foi uma reunião proveitosa e aproveitamos para cumprimentar a administração municipal pelas medidas tomadas que incrementaram a arrecadação, que está permitindo agora a concessão deste reajuste salarial com aumento real”, sublinhou o presidente.
De acordo com a contadora Eliane da Costa Silva, da equipe que presta assessoria econômica ao Sinserpar, considerando a concessão do anuênio (tem servidores que recebe 1% e outros 2%) mais a avaliação, que concede 1,5% ao servidor, a média do reajuste será de 7,32%, sendo que uns podem chegar a 7,85% e outros 6,79 (por conta da diferença do índice do anuênio)
VALE ALIMENTAÇÃO – No encontro, a diretoria do Sindicato apresentou outras reivindicações além do índice de reajuste salarial. Entre elas, a concessão de vale-alimentação a todos os servidores. A Administração Municipal já está trabalhando para conceder este benefícios aos professores. Mas o Sindicato pleiteia que ele seja estendido a todos os servidores. “O prefeito KIQ explicou que os recursos para o vale-alimentação do magistério estão saindo do Fundeb, que tem como arcar. De qualquer forma, ele ficou de fazer um novo estudo para ver a possibilidade de atender a reivindicação”, explicou o presidente.
Sobre o pedido de a Prefeitura providenciar um novo laudo de insalubridade e periculosidade, o Governo Municipal disse que está contratando profissionais em medicina do trabalho que vão realizar o trabalho. Doravante haverá uma equipe própria para fazer esta avaliação, informou a Administração.
O prefeito KIQ também ficou de avaliar a possibilidade de concessão de um plano de saúde para os servidores. “O prefeito disse que ia fazer uma pesquisa em empresas privadas e prefeituras que já concedem este benefícios para verificar a possibilidade de atendimento do pedido. Ele acenou com a possibilidade de um plano em que os custos sejam rateados, ou seja, a Prefeitura paga uma parte e o servidor a outra”, revelou Santos.
PISO NACIONAL – Além das dez reivindicações gerais que atendem todas as categorias, foram apresentados pedidos que atendem especificamente servidores de algumas secretarias ou classe profissional, que também foram colhidas durante a assembleia realizada em dezembro. Entre elas está o pagamento do piso nacional aos agentes Comunitário de Saúde e de Combate a Endemias em seus vencimentos base, de forma a abranger todos os níveis, graus e classes, evitando o achatamento salarial.
É o que vem acontecendo com o magistério. É reajustado apenas a categoria inicial, a Classe A, com base no piso nacional. Com isso as demais classes ficam defasadas. “Com o reajuste oferecido vai zerar o déficit da Classe A. Mas as outras classes (B, C e D) continuarão com um déficit de 14,32%”, informa a contadora Eliane da Costa.
Ainda na Secretaria de Educação, o Governo Municipal informou que está em estudo a concessão de 20% aos professores que exercem atividade na zona rural e gratificação de 40% aos secretários das escolas, que exercem a mesma do assessor.
Para os servidores das secretarias de Infraestrutura e de Agricultura, o pedido foi pagamento de comissão por produtividade, já que atualmente a prefeitura contrata hora/máquina para atender a demanda. “Então – explica Gabriel – porque não pagar aos próprios operadores de máquina?”. Também foi solicitada jornada de trabalho de seis horas, durante o verão, para os servidores braçais destas duas secretarias.
RESPOSTA POR ESCRITO – Na Secretaria de Assistência Social, o pleito foi a revisão da escala de trabalho de 12 X 36 no Abrigo Anjo da Guarda. Como houve concurso para atender a demanda daquela unidade, existe a possibilidade de atendimento do pleito.
Foi reivindicado, ainda, a redução da carga horária dos psicólogos, equiparando-a com as dos assistentes sociais, que desempenham atividade com o mesmo objetivo e para o mesmo público.
Já para os servidores da Secretaria de Proteção à Vida, o Sindicato pediu a abertura de concurso paras orientadores de trânsito, pagamento de adicional de insalubridade e periculosidade aos agentes de trânsito, a exemplo do que já acontece em Maringá, e ainda foi entregue uma proposta de atualização do estatuto e tabela de vencimentos da Guarda Municipal.
Por fim, o prefeito KIQ pediu 30 dias de prazo para responder a proposta de a Prefeitura comprar um novo plano de cargos e salários paras os servidores. Ele havia solicitado que a aquisição fosse feita pelo Sinserpar, mas com o fim da contribuição sindical, a entidade teria dificuldades para fazer esta aquisição.
“Tudo o que foi discutido, pedimos ao prefeito que apresentasse a resposta por escrito, para que pudéssemos levá-la para a assembleia. Foi uma reunião positiva e avalio que a proposta de reajuste será aceita. Mas a assembleia é soberana para tomar sua decisão”, finalizou Gabriel dos Santos.

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