‘Fragílimo’ argumento para prisão de Richa

Publicado em 30 de janeiro de 2019

Os advogados de Fernanda Richa protocolaram uma petição de esclarecimento sobre a prisão de Beto Richa. O documento rebate os argumentos utilizados pelo Ministério Público Federal para embasar o pedido de prisão e as denúncias.
As informações são de Fábio Campana
Os procuradores do MPF utilizaram e-mails de Fernanda como prova contra Beto. Em um dos e-mails (salvo na pasta “rascunho”) aparece as seguintes anotações: “Pedágios 3 milhões Beto”, “Sanepar Ag Reguladora”, “Copel”, “Compromissos com as empreiteiras financiam o Beto”, “Pactos de acionistas Sanepar” e “Copel está sendo vendida pelo Beto”. O MPF entende que as frases demonstram a ciência sobre outros esquemas ilícitos. O que combina com a delação do ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem, Nelson Leal Junior.
A defesa de Fernanda alega que “todos esses temas eram notícias de jornal da época (ano de 2014), às portas do período eleitoral. A interessada, então, anotou os temas das notícias nesse rascunho de e-mail, que atribuíam ao seu esposo”, junto com isso, anexou manchetes da época que tratavam dos fatos anotados e classificou o que a Justiça chama de provas como “argumento fragílimo”, “absurdo, um argumento teratológico”.
A petição foi encaminhada para Justiça Federal.
Em relação aos e-mails sobre a negociação de venda imóveis, a defesa de Fernanda Richa afirmou que todas as transações foram regulares e que Beto Richa não detinha a “palavra final” nas aquisições imobiliárias da família, como aponta o MPF. Conforme a defesa, as conversas entre Fernanda e Beto foram um diálogo de casal que está junto desde 1985. “A se levar a sério tal interpretação, todo e qualquer casal estará irreversivelmente vinculado e poderá ser criminalmente responsabilizado por qualquer ato de gestão praticado pelo outro cônjuge, apenas por emitir opiniões”, diz o documento.
Por fim, os advogados reforçam o interesse de Fernanda Richa em colaborar com as investigações.

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