O rebelde e o urtigão

Publicado em 24 de julho de 2018

por Ruth Bolognese
A grande banana nanica que o ex-senador Osmar Dias vai descascar nos próximos dois meses de campanha eleitoral é o próprio discurso.

Se decidir sair abraçado a Roberto Requião numa aliança com o MDB, Osmar Dias contará com preciosos minutos no horário eleitoral gratuito e um partido com grande estrutura em todo o estado.

Mas, como não existe almoço grátis nesta vida, antes de encerrar o discurso de candidato a governador, sempre o último a falar nos eventos, terá que ouvir Roberto Requião, candidato a senador e o penúltimo a falar. E aí caberia aquele dito popular, politicamente incorreto, mas que cabe como uma luva na situação: “melhor ouvir isso do que ser surdo”.

O Paraná e a velha camisa jeans, uniforme que Requião usa em campanha há 40 anos, sabem que, ao pegar o microfone, o senador encarna o rebelde-guerrilheiro-com-inveja-do-Zé-Dirceu e desce o sarrafo. Vem Lula-livre, Juiz Moro como agente da CIA, amor ao MST, Capital Vadio, abaixo os bancos rentistas e por aí vai. Isso, se não se irritar demasiado e mandar agricultor enfiar a faixa de protesto…, bem, é melhor deixar quieto.

E para Osmar Dias, que discurso vai sobrar depois disso? Se discordar de Roberto Requião, a aliança se desfaz in loco. Se concordar, estará contrariando o seu grupo de origem, o agronegócio, e um Paraná que vem dando sinais claros de não está nem aí pra Lula preso, ama Moro e quer mandar o MST pra terra do Nunca.

O Urtigão, que tem a cintura encalacrada, vai ter que rebolar pra resolver tais impasses.

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Um comentário sobre “O rebelde e o urtigão

  1. Osmar Dias é o mais típico socialista desejoso do Estado Grande, inchado, nos moldes do falido socialismo do PT, aonde os impostos sempre aumentam, os serviços públicos continuam ruins, a educação pública continua produzindo analfabetos funcionais, os melhores empregos são os públicos, e a saúde internada na UTI. Quem tem mais condições, paga escola particular, paga convênio médico, e ainda assim é obrigado a dar 6 meses por ano de sua vida para o Estadão continuar gordo e bem nutrido.

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