O advogado e escritor paranavaiense Renato Benvindo Frata foi o primeiro doador para a biblioteca que vai funcionar no Centro de Convivência que está sendo construído pelo Instituto Maurício Gehlen (IMG) no Jardim São Jorge. Durante café da manhã promovido pelo IMG no último dia 13, ele conheceu o que chamou de “obra monumental. Fiquei feliz em ver que o Maurício destinou uma sala especialmente para uma biblioteca”.
Na semana passada, durante a 36ª Semana Literária dos Sesc, o escritor lançou o seu mais novo livro, “308 Nano Contos” e doou os recursos com a venda dos livros da noite de autógrafos para o IMG. Além disso, ele surpreendeu Gehlen ao doar uma coletânea de suas obras. “Doei exemplares de todos que tinha aqui”, contou ele.Em retribuição “ao gesto generoso”, o presidente do Instituto, o industrial Maurício Gehlen decidiu que a biblioteca levará o nome do escritor paranavaiense. “Ele foi o primeiro doador de nossa biblioteca que nem está pronta ainda. Além disso, doou a renda da noite de lançamento de seu livro para o Instituto. E como sempre digo, mais importante que valores financeiros são os gestos, a iniciativa. E meu amigo Renata Frata mostrou desprendimento e que será um parceiro do Instituto”, disse ele.
Em correspondência encaminhada AA Gehlen, que assina junto com sua esposa Helena Maria Tostes Frata, o escritor fala de sua surpresa pela iniciativa, depois da emoção e por fim do agradecimento. “Jamais sonhamos com uma honraria dessa”, escreveu.
Renato diz que não começou a escrever com o intuito de viver de literatura. “Meus livros são, pois, simples e honestos, saídos de uma ‘inspiração maluca que me invade o ser e desce pelos dedos e, sem perguntar tecla o que quer. Uso-os, pois e aos prêmios que recebo nos festivais do país, para doações – aquela gotinha que talvez falte para encher o copo”.
Continua ele: “A ideia de oferecer ao seu Instituto a receita da venda dos livrinhos da sessão de lançamento teve esse intuito, o de doar um pouco de nós para uma obra tão majestosa, tão humana e tão bela, pois se conta nos dedos pessoas da sua estirpe que não usam das posses para si, mas fazem delas a disseminação de atos em benefício de muitos com a promoção da cidadania, e isso é que vale”.