O ministro da Saúde, Ricardo Barros, está sendo acusado numa delação premiada da Opereação Quadro Negro de “vender” um cargo público na secretária de Educação do Paraná, em troca de uma mesada de R$ 15 mil. O delator é Eduardo Lopes de Souza, dono da construtora Valor, apontada como responsável por desvios de cerca de R$ 20 milhões da secretaria.
Souza foi um dos alvos da operação Quadro Negro, que investiga o esquema de corrupção no governo de Beto Richa (PSDB). Os pagamentos foram feitos, segundo ele, ao cunhado de Barros, Juliano Borguetti, irmão de Cida Borghetti (PP), mulher do ministro e vice-governadora.
O empresário relata que pagou três parcelas de R$ 15 mil por três meses, totalizando o desembolso de R$ 45 mil.
Barros e o cunhado dele, o ex-vereador Juliano Borghetti, negaram que os pagamentos feitos por Eduardo Souza, dono da construtora Valor e hoje delator, tenham ligação com a compra de um cargo da vice-governadoria.
Ambos afirmam que Borghetti recebeu da Valor porque trabalhou por cerca de três meses na construtora como período de experiência.