A rigor, todo ocupante de cadeira no Poder Legislativo é independente. Tem a prerrogativa de usar a tribuna da Câmara para elogiar ou criticar. E vota os projetos de lei de acordo com a sua consciência. A exceção é quando a cúpula de um partido “fecha questão” em torno de uma matéria. Aí o parlamentar tem que votar de acordo com a decisão do partido.
Esta introdução é para fazer um questionamento: que história é essa de que na próxima legislatura alguns vereadores vão formar um bloco independente?
Na verdade, na prática, o vereador, deputado estadual ou federal e senador é oposição ou situação. Até porque, a história política mostra que a opção pela independência, ou ficar em cima do muro, não garantiu reeleição aos que assim se posicionaram.
Vereador independente é aquele que quer as benesses do poder e, ao mesmo tempo, não ter que votar favorável a projetos de leis impopulares, mas, às vezes, necessários.
Numa Câmara com 10 vereadores, um só já faz a diferença, não precisa formar bloco.
Além disso, quem iria participar deste bloco? Seriam os vereadores eleitos Aldrey Azevedo (DEM) e Claudemir (Irmão) Barini (PSC)? Por que?
Bloco independente
Publicado em 06 de novembro de 2012
5 comentários sobre “Bloco independente”
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Me lembra o título de um álbum do grupo Los Hermanos, que diz: Bloco do Eu Sozinho.
Caro amigo Taturana, lendo atenciosamente seu comentário tenho opinião contrária à sua. Vereador independente a meu ver não é aquele que necessita das benesses do poder ou então se acovarda quando da eventual votação de projeto de lei com certa popularidade ou não conforme seu comentário. Por sua vez, não necessito, muito menos algum dia precisei das benesses do poder. Saliento ainda, que existe sim vereador ou político independente, ou seja, aquele que, por exemplo, vota determinado projeto quando o mesmo for necessário e útil para a população e não simplesmente por determinação partidária ou favor político, mesmo que seja impopular. O vereador exerce sua função desde que independente, para o bem comum, em defesa do interesse coletivo. Por fim, me posiciono e me posicionarei sempre a favor do que for melhor para a população e nosso Município. Um abraço e estarei sempre a disposição para eventuais esclarecimentos, ressaltando a extrema importância do espaço proporcionado pelo seu blog em assuntos políticos.
NOTA DO BLOG – Agradecemos a gentileza do vereador eleito e respeitamos sua opinião. Certamente sabe da responsabilidade que a população depositou em você. E sua manifestação demonstra o equilíbrio necessário para desempenhar bem suas funções. Parabéns pela eleição e que tenha uma legislatura profícua, pois quem ganhará é a cidade.
Que absurdo… e, com todo respeito ao Autor da postagem: QUE CONTRADITÓRIO E DESRESPEITOSO!
Um vereador não precisa ser oposição, tão pouco situação!
Aliás, o ideal seria que todos vereadores fossem independentes. Que votassem de acordo com o que entendem ser melhor para a coletividade e não para Administração ou determinado grupo.
A título exemplificativo, se todos vereadores pertencessem a chamada “situação”, não seria necessário o Poder Legislativo.
Embora o restando do texto diga o contrário, a primeiro parte do primeiro parágrafo acerta em cheio:
“A rigor, todo ocupante de cadeira no Poder Legislativo é independente. Tem a prerrogativa de usar a tribuna da Câmara para elogiar ou criticar. E vota os projetos de lei de acordo com a sua consciência. (…)”
O restante do texto se contradiz, e, certamente é ofensivo a quem se propõe a ser independente.
E a história tem mostrado o contrário do que pensa o Autor. O independente é aquele que NÃO QUER (e muitas vezes não precisa) de benesses. O independente em regra não tem medo da impopularidade. O independente não tem “escorras”, assume o risco da impopularidade.
Existir um membro da situação é importante na Câmara, para que este apresente as mensagens e idéias do executivo, mas até mesmo este “homem” (ou “mulher”), pode ser independente e contrariar a idéia daquele que apóia.
Não conheço o Sr. Barini, porém conheço bem o Dr. Aldrey, se serão independentes Parabéns! Todos deveriam ser, pelo menos em seus votos. Agora dizer que há a criação de bloco é criação de carnavalescos. Ora! É I-N-D-E-P-E-N-D-E-N-T-E!
Infelizmente muitos se rotulam pensando nas próximas eleições.
A própria “situação” rotulou o Ver. Pó Royal como oposição, embora suas votações iniciais na Câmara demonstrassem que ele era independente.
Por outro lado, tenho lido nos blogs (incluindo este) campanhas AS CLARAS para dificultar o GANHA PÃO DO ASSISTENTE SOCIAL Roberto Caonetto Picorelli (Pó Royal) Segundo este blog “informou”, a “batata dele está esquentando”, pois ele seria um potencial concorrente as próximas eleições. Existe algo mais ilógico???
Os políticos não deveriam estar pensando no que fazer para melhorar ainda mais nossa cidade em vez de ficar jogando este NEFASTO jogo dos bastidores políticos?
Enfim…
Em uma cidade em que todos se utilizam do anonimato não há muito o que esperar… LAMENTÁVEL…
NOTA DO BLOG – Parabéns pelo seu posicionamento. Mas acho que devemos um esclarecimento. Não há contradição na mota.; A contradição está entre a teoria e a prática. Quantos deputados federais são independentes? Quantos dos estaduais? Quantos dos senadores?
Nas Casas Legislativas estaduais e nacional esta situação já está, inclusive, institucionalizada, com os cargos de líder do governo e líder da oposição. Não há líder dos independentes. Quando da elaboração da atual Carta Magna um grupo de parlamentares optou pela independência e imediatamente foi qualificado, pejorativamente, de “Centrão”.
Sua linha de raciocínio merece respeito por ser uma proposta bastante ética. No entanto, na prática, infelizmente, os políticos se dividem entre situação e oposição.
Lamentavelmente existe o ideal (que você e nós também defendemos) e existe o real. O Brasil ainda precisa avançar muito politicamente.
Vamos que vamos!!! É Aldrey pra cumprir o real papel de vereador!!!
Agradeço o espaço e a nota.
Esclareço que minha crítica ao anonimato não se restringe ao blog Taturana. Confesso que acredito que neste espaço há uma boa moderação, por outro lado, em alguns outros blogs vemos leviandades sendo publicadas sem qualquer critério.
Este blog, na minha opinião, tem um bom discernimento quanto a responsabilidade, assim como o Blog do JP.
Quanto a “política praticada” vs “política ideal” acredito que será através da participação séria de espaços democráticos (como este se mostrou) é que um dia este quadro poderá mudar, ainda que demore várias gerações e nós não estivermos mais aqui. Além, é claro, da conscientização dos eleitores e da cobrança dos eleitos. Creio, sinceramente, que os “independentes” trazem para si uma responsabilidade muito maior do que se optarem por se “rotularem” como situação ou oposição.
Enfim, novamente agradeço o espaço, a atenção e o elogio (embora não merecedor)