Proprietário de uma oficina mecânica no município de São João do Caiuá, Jesus Antonio Muccio Baruzzi está demonstrando que, com boa vontade e criatividade, é possível ajudar entidades filantrópicas e envolver a comunidade neste trabalho.
Tempos atrás, ele começou a juntar latas vazias de cerveja e refrigerantes, as vendia, e o recurso arrecadado doava para o Hospital do Câncer de Barretos. Mas ele percebeu que, além do hospital paulista, poderia ajudar também a Santa Casa de Paranavaí. Arrumou um latão de 200 litros, travou a tampa e abriu um buraco na parte superior que permitia apenas a entrada das latinhas. Procurou a Santa Casa para ter a autorização do hospital e conseguir um adesivo confirmando a doação ao hospital.
No contato com o hospital, ficou sabendo de outras duas ações que estão em desenvolvimento para levantar recursos: o Gotas de Solidariedade (pelo qual o consumidor faz doação de uma quantia em dinheiro através da conta d’água) e os cofres de moedas que estão sendo colocados no comércio.
Jesus Antonio abraçou as duas iniciativas: levou os cofres e colocou no comércio local e as fichas de autorização para a cobrança de quantia em dinheiro através da conta d’água.
“Hoje, proporcionalmente, São João do Caiuá é o município que mais faz doação através da conta da Sanepar”, atesta o diretor-geral da Santa Casa, Héracles Alencar Arrais.
Modesto, Jesus Baruzzi credita os méritos az população de São João do Caiuá. Ele explica que a “comunidade de nossa cidade é muito generosa” e diz que seu trabalho é só organizar esta vontade que o povo tem de ajudar. Cita, como exemplo, Dorivaldo Barivieira Passos, de um supermercado daq cidade, que também está ajudando a mobilizar esta força voluntária.
Também em Guairaçá, uma força o líder comunitário Cícero Alves Batista, o Ceará, está mobilizando os voluntários da cidade para contribuir com a Santa Casa de Paranavaí.
“Toda ajuda é bem vinda. A Santa Casa é uma entidade filantrópica e precisa da ajuda da população. Todos os recursos são investidos para melhorar e ampliar os serviços. Enquanto outros hospitais estão fechando Brasil afora, aqui nós estamos ampliando. Mas isso só é possível se continuarmos recebendo p apoio do poder público e da sociedade. Esperamos que em Paranavaí e em outras cidades da região outras lideranças se mobilizem para organizar este trabalho voluntário”, diz o presidente da Santa Casa, Renato Augusto Platz Guimarães.