Santana: “Achei que nunca seria preso”

Publicado em 22 de julho de 2016

Em seu longo depoimento ao juiz Sérgio Moro, João Santana disse que foi chamado pelo PT durante a crise do mensalão e acabou fazendo a campanha de reeleição.
Sobre os depósitos feitos pelo operador Zwi Skornicki na conta da Shellbill, de dinheiro desviado dos contratos da Keppel Fels com a Petrobras Santana disse que “Soube por Mônica que era uma dívida da campanha de 2010 da presidente Dilma. Era coisa de R$ 10 milhões. O partido (PT) sugeriu procurar o seu Zwi.”
Aceitou receber por fora e achou que nunca seria preso.“É uma prática nefasta, de caixa 2, que é generalizada nas campanhas. É um ato ilegal. Sempre lutei contra isso.”
“Não queria romper o contrato de confidencialidade e achava que poderia prejudicar profundamente a presidente Dilma. Eu, que ajudei a eleição dela, não seria a pessoa que iria destruir a presidente.”
Feira disse que não entende e não se conforma de estar sendo acusado injustamente de corrupção, de organização criminosa, de lavagem de dinheiro e tratados como criminosos perigosos.
“Hoje, 98% das campanhas no Brasil têm caixa 2. Campanhas pequenas, médias, grandes. Isso envolve centenas de milhares, até milhões, de pessoas de todas as camadas sociais, que são e foram remuneradas.
Se tivessem o mesmo rigor com essas pessoas, teria uma fila daqui até Manaus, que teria de ser fotografada por satélite. Não estou aqui querendo piedade ou clemência. Quero proporcionalidade. Quero que esse juízo consiga resolver essa contradição de pesos.”
Zwi Skornicki confirmou o pagamento de propina US$ 4,5 milhões aos publicitários João Santana e Mônica Moura a pedido de João Vaccari Neto.
“Foi caixa 2 mesmo, excelência”.
Os 4,5 milhões de dólares que ela e João Santana receberam de Zwi Skornicki para a campanha de Dilma Rousseff referem-se ao pagamento propina.
Zwi Skornicki disse que pagou propinas em todos os contratos referentes às plataformas P51 e P52, sendo 50% da propina “iam para o partido” – “Tratava da parte do partido com João Vaccari Neto” – “Foi feita uma conta corrente do sr. Vaccari, sendo paga a pessoas que o sr. Vaccari ia indicando no exterior ou no Brasil. Os pagamentos eram todos autorizados pelo sr. João Vaccari”.
“Numa das visitas do sr. Vaccari no meu escritório ele disse que tinha que fazer uns pagamentos para o sr. João Santana”.
– “Ficou combinado o pagamento em 10 parcelas de 500 mil dólares”.

Alda - 391x69

Um comentário sobre “Santana: “Achei que nunca seria preso”

  1. O ministro Ricardo Barros diz que o programa mais médicos é provisório e que deve ser restrito aos brasileiros.

    Digo que restrito aos brasileiros é uma saúde de qualidade.
    Restrito aos brasileiros são médicos comprometidos mais com a pessoa do que com o gado em suas fazendas.
    Restrito aos brasileiros são médicos dispostos a trabalhar onde não há shoppings e comércio 24hs que, por consequência, obriga as prefeituras de pequenas cidades a pagarem fortunas diante da falta de profissionais interessados.

    Restrito aos brasileiros são políticos preocupados com o interesse comum.

    Mas a grande obra desse ministro foi sugerir um SUS participativo, ou seja, pagar uma quantia quando utilizar seus serviços, como se não tivéssemos pagando todo esse absurdo.
    Que tipo de orgulho devemos ter para com esse cidadão paranaense

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