A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a 28ª fase da Operação Lava Jato. A ação foi batizada de Vitória de Pirro. O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) foi preso preventivamente. A casa dele foi alvo de um mandado de buscas.
Há dois mandados de prisão temporária contra dois assessores ligados a ele (Paulo César Roxo Ramos e Valério Neves Campos). George Argello Junior, filho do político, foi alvo de mandado de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento).
Em sua delação premiada, o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) afirmou que Gim Argello cobrava propina de empreiteiras para não convocar executivos para a CPI Mista da Petrobras. Jorge Afonso Argello, ou simplesmente Gim Argello, 54, era vice-presidente da comissão, que funcionou em 2014. Ele nega as acusações.
Segundo Delcídio, alguns membros da CPI obrigavam, por exemplo, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, a jantar em Brasília toda segunda-feira para conversar com parlamentares, momento em que seria cobrado o “pedágio”.
Segundo o Ministério Púbico Federal (MPF), “foram colhidas evidências do pagamento de propina a Gim Argello pelas empreiteiras UTC Engenharia (R$ 5 milhões) e OAS (R$ 350 mil)”. O objetivo era evitar a convocação de empreiteiros nas CPI da Petrobras no Senado e da CPI mista da estatal.