A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) vai organizar uma força-tarefa para atender as indústrias de Paranavaí que estão reclamando de oscilações que vêm causando prejuízos.
Este é o resultado da reivindicação apresentada à Copel pelo prefeito Rogério Lorenzetti e o coordenador regional da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Maurício Gehlen, durante audiência em Curitiba, na semana passada. Eles foram recebidos na sede da empresa pelo diretor adjunto Acácio Massato Nakayama (que já chefiou o escritório regional de Paranavaí), pelo superintendente de Engenharia de Expansão da Distribuição, Fernando Gruppelli, e pelo assessor Antônio Tadeu Pereima.
A qualidade na energia ofertada pela Copel às indústrias começou a ser questionada durante uma reunião no último dia 10, na Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap). O encontro era para a apresentação das linhas de crédito do BRDE, mas ao final o assunto principal foi a qualidade da energia elétrica para as indústrias.
Oscilações – “Nosso problema não é de fornecimento, mas de qualidade da energia”, resumiu um dos industriais presentes. Alguns deles relataram que as constantes oscilações têm gerado grandes prejuízos, pois a variação desregula as máquinas, bastante sensíveis a este tipo de problema.
Presentes à reunião e com viagem marcada para a semana seguinte, o prefeito Rogério Lorenzetti e o coordenador da FIEP, Maurício Gehlen, se comprometeram a levar o assunto à Diretoria da Copel. No encontro em Curitiba relataram a situação, destacando os prejuízos decorrentes das flutuações.
O engenheiro Acácio Nakayama informou que uma nova subestação da Copel em Paranavaí, com maior capacidade, não resolve o problema – ao contrário do que foi sugerido na reunião dos empresários. O que ocorre – explicou ele – é que o sistema é todo interligado e uma ocorrência há quilômetros de distância pode afetar a qualidade no fornecimento de energia.
Existem formas de amenizar o problema, atestou Fernando Gruppelli. Mas é preciso um atendimento individual, atuando caso a caso. Por isso, o diretor Nakayama determinou a formação de uma força tarefa para visitar as indústrias locais. E o elo entre a Copel e as indústrias estará a cargo do coordenador da FIEP, Maurício Gehlen, a quem os empresários que sofrem com as oscilações de energia elétrica deverão procurar.
SECOM | Rodolpho Roncaglio