Eleições 2016: muitos nomes, nenhuma proposta

Publicado em 14 de março de 2016

Paranavaí tem hoje cerca de duas dezenas de partidos políticos organizados e registrados na Justiça Eleitoral. Tem desde os chamados grandes, como PMDB, PT e PSDB, aos intermediários, como o PTB, PDT, DEM, PP, PSC e outros medianos em nível nacional, mas que aqui tem pouca expressão, até os nanicos PHS, PRB e mais algumas siglas.
Esta proliferação de partidos significa que, em anos eleitorais, como este, aparecem nomes os mais variados na condição de pré-candidatos, desde alguns com chances reais de vitórias até alguns praticamente desconhecidos da grande massa de eleitores. É o jogo democrático.
Mas, convenhamos, este ano, o surgimento de pré-candidaturas está muito acima da média. Tem partido com mais de um pré-candidato. Estima-se que quando chegar a hora da onça beber água, estas quase duas dezenas de pré-candidatos a prefeito se resumirão a três ou quatro candidaturas. Alguns dos pré-candidatos serão acomodados como candidatos a vice-prefeito. Aliás, algumas das atuais pré-candidaturas têm exatamente este objetivo: ocupar espaço para ser chamado a compor e ganhar a vice.
As eleições deste ano têm novidades: menos tempo de rádio e televisão, menos tempo de cabos eleitorais nas ruas e sem doações de pessoas jurídicas para as campanhas. O impacto das novas regras ainda é difícil mensurar.
O que incomoda é que as candidaturas, ou pré-candidaturas, estão sendo apresentadas apenas e tão somente em torno de nomes, não há proposta ou programa de governo. Os pré-candidatos não têm metas e se as têm, não divulgam.
Alguns acreditam na vitória por razões risíveis: por causa da idade, pelo sobrenome, pela proximidade com determinada autoridade, por ser contra um partido e até por se posicionar contra a corrupção (como se os demais fossem a favor). É um espetáculo de mau gosto.
As constantes denúncias de corrupção, principalmente no âmbito da Operação Lava Jato, têm desacreditado a classe política e afastado o eleitor do debate. Do outro lado, a postura de certos pré-candidatos contribui para o distanciamento do eleitor.
O futuro de Paranavaí não pode ser definido a partir de debates em volta de uma mesa de bar. As candidaturas têm que estar alicerçadas em propostas viáveis. Pré-candidaturas que não explicam a que se propõem não contribuem em nada a não ser inflar egos.
Não seria o caso de recomeçar o debate com a seriedade que o assunto e a Cidade merecem?
Taturana’s

Alda - 391x69

2 comentários sobre “Eleições 2016: muitos nomes, nenhuma proposta

  1. _____Se eleito, vou construir uma ponte, bradou o candidato do alto do planque, ao que um eleitor o lembrou: ____Mas aqui não tem rio!!!!
    _____Vou mandar passar o rio por aqui também! treplicou o demagogo e por demagogo, mentiroso.
    Essa velha piada ilustra com que funcionam as tais propostas, mais simplesmente conhecidas como promessas eleitorais.
    A maioria delas, mesmo as registradas em cartório, acontecem.
    Sucede que os candidatos, a maioria, desconhece a realidade financeira e mesmo as necessidades maiores da cidade que se propõe administrar.
    Acreditarei em candidato que se referir a projeto e citar a fonte dos recursos necessários para a sua execução. Que elaborar – no caso de prefeito, um plano quatrienal, dizendo que irá, por exemplo, readequar xis kms de estradas em leito natural, as rurais, a razão de ypsilom kms por ano, com xis por cento dos recursos arrecadados pelo imposto atinente; que pavimentará as quadras tais do quadro urbano da sede e tais do distrito ou distritos do seu território; construir a escola que falta na vila operária, com custo de xis reais retirados do orçamento da Educação e assim por diante.

  2. Calma, pessoal! Ainda não é o momento apropriado para apresentação das propostas, pois os partidos ainda estão se articulando.

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