Mesmo com as articulações do líder do PMDB no senado, Eunício de Oliveira (CE), do senador Romero Jucá (RR) e do presidente do senado, Renan Calheiros (AL), que querem achar um nome para enfrentar o vice presidente da República, Michel Temer desembarcou ontem em Brasília, cheio de energias (e alguns cargos) para pacificar a base do PMDB no Congresso Nacional e garantir o posto que é seu desde 2001, como presidente da legenda.
A Convenção Nacional do PMDB, garantida para o mês de março já vai acontecer em solo teoricamente menos minado.
O PMDB tem peso decisório no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), mas tem, desde sua base, um quadro dividido. Uma parte caminha apoiando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o impeachment, outra parte briga pela real liderança da bancada na câmara dos deputados.
É bom que se preste atenção nos movimentos políticos do governador Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro, que começou uma reforma de secretários apenas para fortalecer sua base de apoio no congresso, a exemplo da posse, via liminar do STF, do vereador Átila Nunes (PMDB-RJ) a vaga que lhe é de direto como deputado federal suplente, que Cunha “negou empossar” pois o governador carioca nomeou o deputado federal Ezequiel Teixeira (PMB-RJ) secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado, abrindo o caminho para Nunes assumir como suplente na Câmara dos Deputados.
As decisões de Eduardo Cunha expõem um comando partidário sem poder nenhum de gerenciamento da Legenda e suas crises.