Supermercados: acabou-se o que era doce

Publicado em 11 de dezembro de 2015

Até o final de 2010 fomos totalmente reféns do descaso dos supermercados de Paranavaí, que comercializavam o que, como, e pelo preço que queriam, afinal, não havia concorrência à altura.
As raras exceções, mercados de pequeno porte, também foram vítimas das circunstâncias devido às condições de desigualdade em termos de competitividade.
Quando no final de 2010 os irmãos Muffato anunciaram a implantação de uma loja na Cidade era crença que o fato implicaria mudanças, com significativas melhorias no setor.
Em 24 de agosto de 2011 a imponente loja foi inaugurada sob aplausos. Não era pra menos. A imagem apresentada, em todos os setores, era de encher os olhos. A sessão de hortifrútis, coisa linda de se ver. O ar condicionado até incomodava, de tão frio. Todos os caixas funcionavam com a figura, tão reclamada, do empacotador.
Mudanças, com certeza, aconteceram. A “guerra” pela preferência foi deflagrada. Os concorrentes tiveram que “correr atrás do prejuízo” e melhorar o atendimento, a qualidade dos produtos e o preço.
Passados pouco mais de quatro anos a realidade é completamente outra.
No Muffato, por exemplo, o ar condicionado fica desligado na maior parte do dia, com clientes e funcionários transpirando, poucos caixas funcionando na maior parte do tempo, com suporte precário. A sessão de hortifrútis, nem de longe, se parece com a que vemos hoje.  É comum ofertas de tomates “molengos”, muitos deteriorados, bananas escuras, caindo das pencas.
O pior de tudo é que, parece, os supermercados se uniram numa “zona de conforto” muito parecida com a que tínhamos até 2010.
Nós nos acomodamos, eles, é claro, se acomodam!
Por o Taturana

Alda - 391x69

9 comentários sobre “Supermercados: acabou-se o que era doce

  1. É vergonhoso. Chega a ser má fé da parte destes empresários. Até mesmo as “maravilhosas imagens, em especial do setor de hortifrúti, mostradas nas publicidades caracterizam propaganda enganosa, pois não refletem a realidade.

  2. Queria só entender como eles vendem o mesmo produto pela metade do preço de um dia para o outro!! ai está a exploração ex pizza pronta sadia, um dia 10,49 no outro 2 por 15. lasanha sadia um dia 7,90 outro dia 2 por 12,90 e ainda ganha um refri por 1 centavo. o quanto somos explorados?

    • Preclaro Sr. Risoles, ninguém melhor para responder ao seu proclame, que Ataúfo Alves -” Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada Zé, ou tem marinbomdo no pé”

  3. A falta de concorrência e de fiscalização ativa e constante pelos órgãos de defesa dos consumidores dá nisso mesmo…

    Assim como o Chefe do Executivo recebeu de braços abertos a empresa na cidade, agora está na hora de cobrar estabilidade no atendimento ao consumidor e respeito a este – que segundo dizem os empresários – que é a razão da existência de seus negócios.

    Esperemos por atitude então.

  4. A deterioração do atendimento começou depois que o grupo Muffato/TV Tarobá cedeu à pressão avassaladora da coligação RPC/São Francisco e, sabe-se lá, quantos outros mais. O caso mais emblemático foi aquela filmagem de alimentos estragados armazenados no interior do hipermercado. Capitularam, e agora pagam por anúncios na emissora rival, mesmo sendo donos do seu próprio canal. E cessado os ataques da mídia imperialista, sobra para os consumidores o descaso no atendimento.

  5. Anos idos, uma fábrica de sorvetes criou-se na beira da rodovia Ritiba-Tamanda. Gostosérrimos. Dizia-se que competia com Kibon, Nestlé, etc em gosto e bem mais barato. O povão, eu no meio, ia buscar lá, sentar nas mesas – cobertas por sombreiros de praia e aproveitar ver o movimento, as pessoas. Um programão. Bapka cresceu. Uma filial aqui, uma franquia acolá.
    Voltei pro Kibon. Agora apareceu um tal de Kimico, coisa assim. Espero que dure.

  6. Falando em Muffato o posto não vai funcionar ? A concorrência não vai deixar ? Cade a nossos políticos (Executivo e Legislativo) não tem nada a dizer ? Não é abrir vagas para mais trabalhadores? Será que temos praga de padre que nada vai pra frente?

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