Impeachment: deflagrado o “jogo”

Publicado em 03 de dezembro de 2015

Dia movimentadíssimo em Brasília ontem.
O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB) não só acolheu o pedido de Hélio Bicudo. Abriu o processo e já criou a comissão especial que analisará o impeachment contra Dilma Rousseff.
Dilma “disse” que recebeu com indignação a decisão. “São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam esse pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim, não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público”.
A abertura do processo contra Dilma aconteceu no mesmo dia em que a bancada do PT decidiu que votará a favor da continuidade do processo contra Cunha no Conselho de Ética.
Em sua justificativa Eduardo Cunha declarou que há indícios de participação direta em crime de responsabilidade, já que Dilma editou decretos liberando crédito extraordinário de R$ 12,5 bilhões, em 2015, sem o aval do Congresso Nacional.
“Nesse particular, entendo que a denúncia oferecida atende aos requisitos mínimos necessários, eis que indicou ao menos seis decretos assinados pela denunciada no exercício financeiro de 2015, em desacordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e, portanto, sem autorização do Congresso Nacional” – sentenciou Cunha.
Agora será criada uma comissão com 66 deputados titulares e 66 suplentes que elaborarão um parecer pelo prosseguimento ou arquivamento do processo de impeachment, que serão escolhidos conforme a proporcionalidade das bancadas, sendo obrigatório garantir a participação de representantes de todas as legendas e blocos da Câmara.
A aprovação do parecer dependerá do apoio de, no mínimo, 342 votos. Caso decidam pela abertura, o processo seguirá para julgamento do Senado e Dilma será afastada do cargo por 180 dias.

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Um comentário sobre “Impeachment: deflagrado o “jogo”

  1. Jogo é uma boa expressão. Remete a espetáculo quando o povo não tem direito a participar, só assistir e à pizza de marmelada com sabor de canalhice, quando se trata de velhacos profissionais

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