As repartições públicas municipais de Paranavaí estarão fechadas na próxima segunda-feira, dia 21 de setembro. A suspensão do atendimento ao público se deve à participação do município no dia de protesto coordenado pela AMP (Associação dos Municípios do Paraná) para denunciar à sociedade a grave crise financeira enfrentada pelas prefeituras.
O prefeito Rogério Lorenzetti assinou hoje o Decreto Municipal nº 16.354/2015 que determina a ausência de expedientes nas repartições públicas municipais no dia 21. É importante ressaltar que ficam excluídas do decreto as secretarias municipais de Infraestrutura, Saúde, Educação e as diretorias de Trânsito e Compras. Portanto, as escolas, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e demais serviços essenciais de proteção ao patrimônio, trânsito, cemitérios e Pronto Atendimento Municipal estarão funcionando normalmente.
Para não prejudicar a população, os servidores compensarão as horas não trabalhadas nos dias 20, 23,24, 25, 26, 27 e 30 de novembro, com horário diferenciado de funcionamento: das 8h às 11h30 e das 13h30 às 18h. “Escolhemos esta data para a compensação por ser a última semana de prazo para os contribuintes que quiserem formalizar acordos para o pagamento de tributos atrasados através do Refis (Programa de Recuperação Fiscal)”, explica o prefeito Rogério Lorenzetti.
Protesto – A decisão pela adesão ao movimento de protesto coordenado foi tomada nesta terça-feira (15) durante uma reunião com todos os prefeitos da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense). No total, 19 associações de municípios do Estado vão participar da mobilização.
A campanha da AMP é apartidária e tem o objetivo de denunciar a crise dos municípios e, depois, reproduzi-la em todas as regiões do Estado. Outra ação que deverá ocorrer no dia 21 de setembro será uma reunião com senadores, deputados federais e estaduais, provavelmente no Plenarinho da Assembleia Legislativa, para pedir o apoio dos parlamentares aos municípios.
A pauta de reivindicações dos prefeitos é extensa. Inclui, entre outros itens, 1)Revisão urgente do Pacto Federativo, com a distribuição mais justa de receita entre os entes federados; 2)Aprovação, no Congresso Nacional, dos projetos que prorrogam a Lei de Resíduos Sólidos (lixões) e garantem a participação da União – por meio do Fundeb – para pagamento do piso salarial dos professores.
E ainda: 3)aprovação do projeto em tramitação que impede o governo de transferir novos encargos aos municípios sem a correspondente fonte que garantirá sua manutenção; 4)Sobre o FPM (Fundo de Participação dos Municípios): garantia do cumprimento da palavra empenhada pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado, confirmada pela cúpula de ministros do Palácio do Planalto e aceita pelo movimento municipalista, de que as prefeituras receberão 2% de aumento do Fundo em duas parcelas iguais em julho de 2015 e julho de 2016, 5)Liberação dos Restos a Pagar e 6)Correção pela inflação dos valores repassados para os programas federais.
O vereador mais votado da história nunca mais aconselhou o prefeito em seus discursos, para que ele se espelhasse na destreza gerencial do governo federal, especialmente no quesito saúde. O candidato petista, apadrinhado pelo ex-presidente e aliado ao vereador, por pouco não vence a última eleição, ao desfiar em campanha, de maneira triunfante, as mazelas municipais, carecendo até de um hospital municipal, se comparado aos encantos da administração federal. Parece que foi ontem.
Só relembrando o que já foi publicado aqui no Blog do Taturana: “Uma triste “primeira impressão” (Publicado em 24 de agosto de 2015)” http://taturana.blog.br/?p=19223
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Pois é. Apesar do justo protesto, a Administração RL bem que poderia aproveitar a oportunidade do “fechamento” e dar um reparo naquela escadaria do Palácio Ivaí, que tanto o está enfeando. Que tal?
Não creio que fique tão cara a restauração, e ainda mais agora com o Refis de vento em popa, que já negociou mais de R$12 milhões, porventura já não trouxe uns ‘troquinhos’ a mais para o caixa do Palácio?
É que fico cá pensando: … e se um munícipe acidentar-se ali, e for buscar na Justiça indenização? Ainda que o processo seja longo, no final não vai ficar mais cara a farofa do que o frango?
E mais; a boa imagem pública no momento de que goza a atual Administração, não deve ser preservada, sobretudo agora que o município de Paranavaí acaba de figurar juntamente com Curitiba e Maringá, como os municípios com maior IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do Estado do Paraná?
Creio que valha a pena repensar essa coisa tão simples, não? Fica a sugestão. Abs