Esta semana deverá ser anunciada oficialmente a venda do HSBC, sucessor do banco que era genuinamente paranaense, o Bamerindus (Avelino Vieira i.m. em Tomazina – Pr) levado por uma onda de fofocas que só aumentou a falta de liquidez de uma estrutura que chegou, em áureos tempos, a empregar 35 mil pessoas, isto só de forma direta. O herdeiro que foi presenteado por F.H.C., faz toda a sorte de maracutaias no mercado financeiro, e para escapar de possível prisão de seus administradores, ele vende sua bandeira e vai embora. Ativos realizados, polpudos lucros já transferidos para a sede em Londres.
Vejam os motivos da grande perda que o estilo de venda vai trazer ao Paraná, afetando diretamente nossa capital, Curitiba e em efeito cascata toda a nossa economia: Os possíveis compradores já possuem sede administrativa e rede logística no Brasil, portanto a sede do antigo Bamerindus deixa de ser viável, são 7,1 mil funcionários diretos, desde o Palácio Avenida, até a sede da Vila Hauer. São milhares de empregos indiretos também varridos para darem lugar aos novos patrões e suas diretrizes.
São 80 milhões de reais a.a. que a prefeitura de Curitiba, deixa de arrecadar de impostos com a venda, gerando impacto no já apertado orçamento da capital paranaense.
Mas a grande dúvida é da completa anestesia do governo federal. Empresas, para se agruparem, ou mudarem de donos, se forem grandes e de capital aberto, precisam do ok de órgãos de governo, e demora muito, travando e impactando o mercado financeiro e de capitais, já o sistema bancário, faz o que quer, quando quer e com certeza, sem pairar dúvida nenhuma, vai se repetir a “estória” da venda do Banestado, donde o vendedor, o Paraná, teve que bancar e pagar a operação ao próprio comprador.
É receber troco de conta que não foi paga. (Com a colaboração der Gabriel Esperedião, o Velho Gagá)