Paranavaí: intensas negociações de bastidores

Publicado em 12 de julho de 2015

A movimentação nos bastidores da política paranavaiense é intensa. Silenciosa, mas intensa. A razão é que o prazo para as filiações para quem deseja disputar as eleições municipais do ano que vem se esgota em menos de três meses.
A principal novidade dos últimos dias é que o vereador Roberto Picorelli (PSL), o Pó Royal, parece ter desistido, definitivamente, de disputar o Palácio Ivaí, sede do Governo Municipal. Mas a desistência é estratégica: ele tem trabalhado firmemente para atrair vários partidos numa grande coligação, que poderia eleger até quatro vereadores (estima-se que Pó Royal faça mais de cinco mil votos disputando a reeleição). Estão sendo atraídos partidos de várias matizes. A contrapartida é de que estes aliados apóiem sua candidatura à Assembleia Legislativa em 2018. A estratégia vem sendo costurada pelo ex-vereador Joaquim Aurélio da Conceição, o Shiroff.
Já o PTB do deputado Tião Medeiros procura viabilizar o nome do vereador Aldrey Azevedo (DEM) para disputar a Prefeitura. A coligação, além do PTB e do DEM poderia unir ainda o PSDB do governador Beto Richa (PSDB).
Dentre os pré-candidatos, o único que assume abertamente esta condição é o ex-vereador César Alexandre (PT), que também tem procurado fortalecer seu nome e buscar aliados. Já tem outro padrinho no PT Estadual e Nacional: o deputado federal Ênio Verri, presidente do PT do Paraná. Em relação ao pleito passado, já perdeu o apoio do PTB.
O PMDB quer fazer o sucessor do prefeito Rogério Lorenzetti. Mas empaca na indecisão do ex-deputado Teruo Kato, que não diz se será ou não candidato no ano que vem. Tem dito que o momento econômico é difícil e precisa se dedicar às suas empresas.
Uma das alternativas proposta por uma ala do PMDB seria atrair o industrial Maurício Gehlen para o partido e fazer dele candidato. Mas aí a situação também não está fácil. É que assim como uma ala peemedebista, outros partidos tentam conquistar a filiação de Gehlen, atualmente sem partido. Ele tem dito a interlocutores que vem recebendo convites, mas ainda não se decidiu. O vereador Mohamad Smaili, atual presidente da Câmara Municipal de Paranavaí, também estaria retornando ao PMDB para viabilizar sua reeleição ou então se transformar em candidato a prefeito.
As lideranças partidárias que já pensam nas próximas eleições tentam adivinhar qual vai ser a participação do PP nas próximas eleições. Até então, jurava-se de pés juntos que o vereador Picorelli seria o candidato do partido numa coligação, sustentada pelo deputado federal Ricardo Barros, que quer montar um grupo estadual para viabilizar sua candidatura ao Senado e de sua esposa Cida Borghetti ao Palácio Iguaçu em 2018. Com a desistência do vereador em sair candidato ao Executivo, acredita-se que o partido possa lançar o retorno do ex-prefeito Maurício Yamakawa ao Palácio Ivaí.
Não é só o deputado Ricardo Barros que quer dar pitaco nas eleições de Paranavaí. O também deputado federal Luciano Ducci (PSB), ex-prefeito de Curitiba e tido como possível candidato para retornar à Prefeitura da Capital, quer fazer do agropecuarista Fernando Carvalho, presidente local do PSB, candidato sucessão do prefeito Rogério Lorenzetti.
PSOL e PSTU devem caminhar juntos lançando a candidatura do professor Alcione Messias de Jesus. Ivan Bernardo e Adilson de Souza, dois nomes de destaque nesta eventual coligação, disputariam a Câmara Municipal.
Outros importantes partidos que participam ativamente em eleições municipais ainda não deram sinais que rumo devem tomar. Casos do PDT, PPS, PV, PSD, PR e PSC.
Mas ainda há muita água para rolar debaixo da ponte. Até porque, novos nomes devem surgir nos próximos dias. Além de Gehlen e Carvalho, há outros nomes que são bastante cotados nos bastidores, casos de Gilberto Pratinha, Renato Bartolomei, Luiz Tadeu Fernandes, o Notti e até Flávio Antunes.
Resta saber o que vai ficar no terreno das especulações e o que vira realidade.

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