A chuva não para de cair em Paranavaí. Do dia 1º de julho até a tarde de hoje, a cidade já acumulou mais de 168 mm de chuva, ou seja, mais do que o dobro da média histórica para todo o mês, que é de 65 mm, e da média registrada nos últimos dez anos nos meses de julho, que é de 74mm. A informação é do Instituto Tecnológico Simepar.
A quantidade excessiva de água tem sido escoada com eficiência pelo sistema de drenagem do município, que frequentemente recebe manutenção das equipes da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). As ruas, por outro lado, têm sido as grandes prejudicadas pela chuvarada, que tem causado a degradação das vias urbanas asfaltadas e não asfaltadas.
Para dar conta dos estragos, a Seinfra necessita que o tempo esteja estável, como explica o secretário Eurípedes Lemes Silva. “Nós temos consciência dos estragos que a chuva causou e sabemos quais os locais foram mais afetados, mas infelizmente precisamos aguardar que o tempo fique estável para dar início aos serviços, porque do contrário colocaremos todo o trabalho e o material a perder”, esclareceu Silva, que nesta quarta-feira (8) vistoriou diversas regiões da cidade acompanhado do prefeito Rogério Lorenzetti.
O engenheiro de pavimentação da Sedur, Carlos Alberto Shoji, lembra que, por causa das características do material usado para pavimentação, são necessários no mínimo dois dias de sol antes e depois da execução dos serviços. “Não basta não chover. Se o clima estiver úmido, sem sol, o material não seca e todo o serviço pode ficar comprometido. É o que chamamos de ‘dias impraticáveis’. Mesmo sem chuva, não há como executar o serviço com qualidade”, apontou o engenheiro.
Além disso, a Seinfra deverá adotar alguns critérios na hora da escolha das vias que serão recuperadas primeiro, como optar pelas ruas com alto fluxo de veículos, vias coletores, e aquelas que são utilizadas pelo transporte coletivo.