Sem penalizar este ou aquele partido, parlamentar ou qualquer político paranaense bem-intencionado que seja, e se é que existem vencedores, eles foram a truculência e a imposição de vaidades pelo uso da força. Vaidades que colocaram em risco a integridade física e moral de nossos Docentes, cujos representantes em pouco ou nada somaram para um dissídio coletivo levado aos termos de que mandam as leis e a Constituição Federal.
Somados à mais pura e jamais vista inapetência para gestões de crises, a Alta Corte de Beto Richa só fez vitória pela implantação pós-ditadura da velha e vencida “filosofia do medo”. E surrupiaram minha confiança, naqueles votos que dei, acreditando na Democracia, transformada aqui no Paraná e em grande parte do Brasil, em cortesã bêbada da Corte de Catarina da Rússia.
Sagrada, além da vida é a sustentação e a manutenção do Estado Democrático de Direito, donde os que, mandatários eleitos, nasceram de mãos vazias e governam com mãos limpas.
Sagrada é a Constituição, a Carta Magna, que é o limpo e cristalino abrigo do povo brasileiro. Não se pode pular cláusula, parágrafo, artigo, inciso ou alínea ao prazer de paixões e gulas dos que detêm o poder. Ceifar o artigo 5º da Constituição Federal é o mesmo que lacrar as portas e janelas de nossas moradias com chumbo.
Marcado para a história como o Dia da Vergonha, 29 de abril é a data de se comemorar a intransigência tosca e covarde de todos os que ordenaram e colaboraram para a vitória do fiasco governamental e da imprudência interesseira e calculada de alguns poucos que colocaram seus sindicalizados na linha de tiro de balas de borracha, e foram tomar refrigerantes na farmácia abaixo da praça do Palácio Iguaçu (e na banquinha de meu amigo Ceará, vendendo garrafinha de água a 5 contos).
Somente uma enorme chuva de “asnos em forma de eleitos” para sepultar o erro político do então Governador Álvaro dias e sua guerra contra os servidores no mesmo local. E a tal chuva de fuças brancas e pés redondos de ternos caros e bem cortados… aconteceu!
Resta a um eleitor feito eu, orar para que esses mesmos políticos, continuem confiando na curta memória do eleitorado.
Miniaturas do nazista turbinado, Stalin, para quem uma morte era uma tragédia, várias mortes uma estatística, vale lembrar que aos poucos a cidadania da nossa Capital, ou do mais remoto vilarejo do Paraná, já sabe que todo o vigarista tem apenas duas maneiras de ver e se aproveitar da Lei; nas contas que eles vigaristas devem ou nos crimes que cometem, vale o princípio jurídico do esquecimento, daquilo que eles, ora alegam ter direito, ora inventam o mesmo direito de cobrar ativos. Nada caduca. Nada vence. E ao esquecimento… nada! Essa técnica roubada de vigaristas diplomados, é usada em larga escala por maus políticos e bajuladores.
Temos o dever de assegurar a Pátria aos nossos e aos que vem vindo na carona de gerações futuras.
Apenas relembrando. Num trecho do hino francês, “A Marselhesa”, está assim escrito:
“Tremblez, tyrans et vous perfides (Tremei, tiranos e vós pérfidos,)
L’oppobre de tous les partis. (O opróbrio de todos os partidos.)
Tremblez, vous projects parricides (Tremei, vossos projetos parricidas)
Vont enfin recevoir leurs prix!” (Vão enfim receber seu preço!)
Gabriel Esperidião Neto, “Velho Gagá”